Hananiah ben Hezekiah ben Garon (século I a.C.) foi um sábio judeu tanaíta que viveu no final do período do Segundo Templo, contemporâneo das casas de Shammai e Hillel.
Embora existam poucos detalhes sobre sua vida pessoal, Hananiah é mencionado em textos rabínicos que destacam sua influência no pensamento legal judaico. Dedicou-se a uma análise comparativa entre as normas apresentadas no livro de Ezequiel e as leis do Pentateuco. A tradição preservada no Talmude (Shabat 13b) narra que Hananiah dedicou grande esforço a essa tarefa, utilizando trezentas medidas de óleo para estudo enquanto procurava harmonizar as leis de Ezequiel com aquelas contidas na Torá.
Hananiah esteve envolvido nas discussões sobre a canonização do livro de Ezequiel, um tema que gerou debate sna época. Sua abordagem meticulosa e sua interação com outros sábios da tradição tanaíta ilustram sua posição como uma figura chave no desenvolvimento das práticas legais e interpretativas que moldariam o judaísmo rabínico.
Em sentido estrito o nome “Ophanim” vem da palavra hebraica “ofan”, que significa “roda”.
Dentro das visões de Ezequiel 1:15–21 denota seres alados com formas de roda. Os Ophanim são descritos como “criaturas viventes” com quatro rostos e quatro asas, que acompanham a carruagem divina.
Os tetramorfos são representações simbólicas dos quatros seres próximos a Deus na tradição visionária cristã. Seriam os quatro seres viventes do Livro de Ezequiel 1:10 e Apocalipse 4:7.
Aparecem nas artes como na união dos símbolos dos Quatro Evangelistas associados a uma das criaturas, geralmente representadas com asas. Comumente (mas não de modo uniforme) seriam Mateus o homem, Marcos o leão, Lucas o boi e João a águia.
Quando já não havia mais esperança em meio ao cativeiro babilônico, uma série de profecias e visões anunciam a restauração do povo israelita por obra de Deus.
O sacerdote exilado na primeira deportação da Babilônia (597) Ezequiel recebe um chamado e visões (1-3). Profetiza o julgamento de Judá e Jerusalém (4-25) e oráculo contras as nações (26-32). Depois da queda de Jerusalém em 586, no entanto, também profetiza sobre a futura restauração do povo (33-39), representada pela visão dos ossos secos que ganharam vida (37:1-14) e de um novo reino e templo (40-48). Esta última parte consiste em uma visão apocalíptica, como Dn 7-12 e Zc 9-14.
Ezequiel é mencionado pelo nome somente duas vezes na Bíblia (Ezequiel 1:3; 24:24). Ele morava às margens do canal Quebar, que atravessava a região sul do Império Babilônico, perto da cidade de Nippur. Ezequiel 3:15 nomeia a região como Tel-Abib.
ATOS SIMBÓLICOS
3:22-26: Ezequiel tranca-se amarrado em casa. 4:1-3: Cerca um tijolo com a inscrição do nome de Jerusalém 4:4-6: Ezequiel deita de lado dessa maquete por 390 e 40 dias 4:8. Ezequiel amarra-se 4:9-13: Ezequiel come excremento. 5:1-4: Ezequiel destroi sua barba e seu cabelo de três maneiras 12: 1-16: Cava um buraco na parede da casa e empacota seus pertences todas as noites em um exílio simulado 12: 17-20: comer e beber com temor 21: 6-7 lamenta-se diante do povo com o coração contrito 21: 18-24 marca dos dois caminhos para a espada do rei da Babilônia 24: 15-24: sua esposa morre, mas ele não pode se enlutar e o templo é destruído. 37: 15-28: Escreve os nomes dos dois reinos de Judá e Israel em uma tabuleta que se juntam.
PARÁBOLAS DE EZEQUIEL
Julgamento: a madeira e a vinha 15:1-18
Traição: o exposto e a adúltera 16
Rebelião: a águia e o cedro 17
Purificação: a fornalha: 22:17-22
Traição: as duas prostitutas 23
Pureza: o cozido 24:1-14
Juízo sobre Tiro: naufrágio 27
Líderes inúteis: pastores infiéis 34
Remorso ou restauração: os ossos secos
CRONOLOGIA
DESTAQUES
Uma das visões mais marcantes do livro é o trono de Deus, colocado acima de uma espécie de carruagem em movimento (1:4-28; 10:3-22).
Existem várias expressões peculiares nesse livro. O profeta é consistentemente chamado por Deus de “filho do homem”. É entendido a frase como “mortal”.
As visões de Gog e Magog (38-39) ganharam interpretações escatológicas.
A profecia contra a cidade e o rei de Tiro (26-28) foi interpretada como um tipo ou figura de Satanás ou Lúcifer.
ALUSÃO E EXEGESE INTRA-BÍBLICA
Apesar de Ezequiel não ser citado por outros autores da Bíblia Hebraica (e o nome somente aparece para uma pessoa não relacionada em Crônicas), o livro de Ezequiel alude à várias tradições antecedentes e foi recepcionado no Novo Testamento.
Vários textos de Ezequiel parecem aludir aos textos P, especialmente Levítico. Há vários paralelos entre Lv 26 e Dt 28 com as maldições dos tratados de vassalagens que também aparecem em Ezequiel.
Existem muitas alusões a Ezequiel no Novo Testamento.
João 15 e 10 usa as imagens da videira e do pastor como Ez 15 e 34.
João 20: 19–22 pode referir-se a Ez 37:1–14.
O rolo ou livro (מְגִלָּה, megillah) que Ezequiel e João comeram (Ez 3:1-3; Ap 10:9-11).
Simbolismo em Ez 1 e a visão de João do céu Ap 4:2-7.
Gogue e Magogue (Ap 19: 17–21; 20: 7–10; Ez 38–39)