Estrito senso é o plural de roda em hebraico. Dentro das visões de Ezequiel 1:15–21 denota seres alados com formas de roda.
O nome “Ophanim” vem da palavra hebraica “ofan”, que significa “roda”, e os Ophanim são frequentemente descritos como tendo múltiplas asas e girando em um movimento circular ao redor do trono de Deus. Segundo alguns relatos, os Ophanim são os responsáveis por transportar o trono de Deus pelos céus. No livro de Ezequiel na Bíblia Hebraica, os Ophanim são descritos como “criaturas viventes” com quatro rostos e quatro asas, que acompanham a carruagem divina.
Zoã, em hebraico צֹעַן, tso’an, era uma cidade no nordeste do delta do Nilo, no Egito, perto da margem sul do Lago Menzalé. Hoje é a cidade de San el-Hagar e seu nome grego era Tanis.
Zoã estaria nas proximidades de Gosem, a região onde os israelitas viviam no Egito antes do êxodo. Salmo 78 identifica Zoã como o local das maravilhas no Egito (Sl 78:12, 43; cf. Êx 7:14–12:30), mas não é mencionada no livro de Êxodo. De acordo com Nm 13:22, Hebrom foi construída sete anos antes de Zoã.
A cidade foi a capital do faraó Sheshonq I (Sisaque), que atacou o reino do norte de Israel e recebeu tributo de Roboão do templo de Jerusalém (1 Rs 14:25-26; 2 Cr 12 :2–9). Nos juízos das nações, profetas condenaram a cidade (Is 19:13; Ez 30:14).
O Papiro 967 é um códice da versão Old Greek (Septuaginta) dos livros de Ezequiel, Daniel e Ester, escrito por volta de 200 d.C.
A descoberta do papiro foi anunciada no New York Times em 1931, mas os detalhes da descoberta e proveniência não são claras. Supõe-se que foi encontrado em Afroditópolis.
É composto por 59 folhas, o que corresponde a 118 folhas abertas ou 236 páginas. Cada folha mede aproximadamente 344 × 128 mm. As páginas foram escritas em uma coluna com uma média de 42 linhas em uma escrita uncial quadrada.
É distinguível diferentes escribas para Ezequiel e para Daniel e Ester. Há, também, várias correções posteriores. O texto contém nomina sacra, bem como sinais de texto crítico para indicar as leituras de acordo com a recensão de Theodotion.
O livro de Daniel já continha uma divisão de capítulos em letras gregas. Esses números, inseridos como subscriptio, não foram acrescentados posteriormente, mas já estavam presentes no texto original.
O colofão no final do livro de Daniel deseja: “Paz para quem escreveu e para quem lê”.
Em hebraico כַּנֵּה, kanneh, uma cidade mencionada em Ezequiel 27:23 em conexão com Harã e Éden; identificado como um dos lugares com os quais Tiro (e Sabá, Assur e Quilmade) mantinha relações comerciais.
Quando já não havia mais esperança em meio ao cativeiro babilônico, uma série de profecias e visões anunciam a restauração do povo israelita por obra de Deus.
O sacerdote exilado na primeira deportação da Babilônia (597) Ezequiel recebe um chamado e visões (1-3). Profetiza o julgamento de Judá e Jerusalém (4-25) e oráculo contras as nações (26-32). Depois da queda de Jerusalém em 586, no entanto, também profetiza sobre a futura restauração do povo (33-39), representada pela visão dos ossos secos que ganharam vida (37:1-14) e de um novo reino e templo (40-48). Esta última parte consiste em uma visão apocalíptica, como Dn 7-12 e Zc 9-14.
Ezequiel é mencionado pelo nome somente duas vezes na Bíblia (Ezequiel 1:3; 24:24). Ele morava às margens do canal Quebar, que atravessava a região sul do Império Babilônico, perto da cidade de Nippur. Ezequiel 3:15 nomeia a região como Tel-Abib.
ATOS SIMBÓLICOS
3:22-26: Ezequiel tranca-se amarrado em casa. 4:1-3: Cerca um tijolo com a inscrição do nome de Jerusalém 4:4-6: Ezequiel deita de lado dessa maquete por 390 e 40 dias 4:8. Ezequiel amarra-se 4:9-13: Ezequiel come excremento. 5:1-4: Ezequiel destroi sua barba e seu cabelo de três maneiras 12: 1-16: Cava um buraco na parede da casa e empacota seus pertences todas as noites em um exílio simulado 12: 17-20: comer e beber com temor 21: 6-7 lamenta-se diante do povo com o coração contrito 21: 18-24 marca dos dois caminhos para a espada do rei da Babilônia 24: 15-24: sua esposa morre, mas ele não pode se enlutar e o templo é destruído. 37: 15-28: Escreve os nomes dos dois reinos de Judá e Israel em uma tabuleta que se juntam.
PARÁBOLAS DE EZEQUIEL
Julgamento: a madeira e a vinha 15:1-18
Traição: o exposto e a adúltera 16
Rebelião: a águia e o cedro 17
Purificação: a fornalha: 22:17-22
Traição: as duas prostitutas 23
Pureza: o cozido 24:1-14
Juízo sobre Tiro: naufrágio 27
Líderes inúteis: pastores infiéis 34
Remorso ou restauração: os ossos secos
CRONOLOGIA
DESTAQUES
Uma das visões mais marcantes do livro é o trono de Deus, colocado acima de uma espécie de carruagem em movimento (1:4-28; 10:3-22).
Existem várias expressões peculiares nesse livro. O profeta é consistentemente chamado por Deus de “filho do homem”. É entendido a frase como “mortal”.
As visões de Gog e Magog (38-39) ganharam interpretações escatológicas.
A profecia contra a cidade e o rei de Tiro (26-28) foi interpretada como um tipo ou figura de Satanás ou Lúcifer.
ALUSÃO E EXEGESE INTRA-BÍBLICA
Apesar de Ezequiel não ser citado por outros autores da Bíblia Hebraica (e o nome somente aparece para uma pessoa não relacionada em Crônicas), o livro de Ezequiel alude à várias tradições antecedentes e foi recepcionado no Novo Testamento.
Vários textos de Ezequiel parecem aludir aos textos P, especialmente Levítico. Há vários paralelos entre Lv 26 e Dt 28 com as maldições dos tratados de vassalagens que também aparecem em Ezequiel.
Existem muitas alusões a Ezequiel no Novo Testamento.
João 15 e 10 usa as imagens da videira e do pastor como Ez 15 e 34.
João 20: 19–22 pode referir-se a Ez 37:1–14.
O rolo ou livro (מְגִלָּה, megillah) que Ezequiel e João comeram (Ez 3:1-3; Ap 10:9-11).
Simbolismo em Ez 1 e a visão de João do céu Ap 4:2-7.
Gogue e Magogue (Ap 19: 17–21; 20: 7–10; Ez 38–39)