Zahrat adh-Dhraʻ 2

Zahrat adh-Dhraʻ 2 é um sítio arqueológico na penísula de Lisan no Mar Morto, na Jordânia. Trata-se de uma vila neolítica com restos datados entre 9140 e 8470 a.C. Foram encontradas ferrementas de pedra como foices, enxadas, pontas de flecha e facas. Apresenta indícios de agricultura, mas não de uso de cerâmica. O chão de vários edifícios circulares posuem um piso rebocado.

O sítio foi escavado em 1999 e atesta as fases iniciais da agricultura na região.

BIBLIOGRAFIA

Edwards, Phillip C, and Emily House. “The Third Season of Investigations at the Pre-Pottery Neolithic a Site of Zahrat Adh-Dhraʿ 2 on the Dead Sea Plain, Jordan.” Bulletin of the American Schools of Oriental Research 347, no. 347 (2007): 1-19.

Edwards, Phillip C., John Meadows, Ghattas Sayej, and Michael Westaway. “From the PPNA to the PPNB : New Views from the Southern Levant after Excavations at Zahrat Adh-Dhra’ 2 in Jordan.” Paléorient 30, no. 2 (2004): 21-60. 

Edwards, Phillip C, John Meadows, Ghattas Sayej, and Mary C Metzger. “Zahrat Adh-Drah(included In) 2: A New Pre-pottery Neolithic A Site on the Dead Sea Plain in Jordan.” Bulletin of the American Schools of Oriental Research, no. 327 (2002): 1. 

Hodayot

Em hebraico הוֹדָיוֹת, ação de graças. Refere-se aos manuscritos e ao gênero poético encontrado nos Manuscritos do Mar Morto, no qual se rende graças a Deus.

O Pergaminho de Ação de Graças foi um dos primeiros sete Pergaminhos do Mar Morto descobertos em 1947, bem como outros encontrados tanto na caverna 1 quanto na caverna 4 em Qumran. O maior dos documentos foi encontrado na caverna 1 (1QHa), bem como uma segunda cópia dos hinos que estava em pior estado (1QHb). A Caverna 4 incluiu seis documentos considerados associados aos Hinos de Ação de Graças.

O Pergaminho de Ação de Graças é uma antologia de cerca de 30 textos poéticos. Neles, Deus é louvado como o salvador e o revelador de segredos. Estilisticamente, há duas vozes: os textos dos “cânticos do Mestre” ou “cânticos do Maskil” (colunas X-XIX) e os “cânticos congregacionais” (colunas I-VIII e XX-XXVI).

Em alguns hodayot, o Maskil reivindica a posse do espírito divino e de um conhecimento profundo, no caso, uma interpretação sectária das escrituras.

Os hodayot indicam uma recitação coletiva e litúrgica. Aparecem paralelos nos Salmos, nos Salmos de Salomão, no Benedictus e o Magnificat (Lc 1) e o Prólogo de João 1.

Manuscritos do Mar Morto

Manuscritos do Mar Morto é uma coleção de textos religiosos escritos entre o século II a.C. e o I d.C., em uma comunidade sectária contemporânea ao Novo Testamento. Antes da descoberta desses manuscritos, as mais antigas cópias da Bíblia Hebraica eram textos massoréticos dos séculos IX e X d.C.

Os membros eram provavelmente ex-sacerdotes que rejeitaram o Templo e Jerusalém como impuros e fugiram para o deserto após perderem seus cargos depois da vitória dos macabeus sobre Antíoco IV.

Os textos incluem tanto a própria literatura da comunidade e textos bíblicos e não bíblicos. Os Manuscritos do Mar Morto faz parte de um corpus mais amplo, os Manuscritos do Deserto da Judeia. A região árida e remota ajudou a preservar muitos materiais escritos em suportes flexíveis (papiro e pergaminho).

Qumran era um assentamento na costa noroeste do Mar Morto. Foi ocupado de aproximadamente 100 a.C. a 68 d.C., quando foi destruída pelo exército romano.

O consenso inicial era que seria a ascética seite essênia. Vários textos referem à comunidade como o verdadeiro Israel, os “Filhos da Luz”, os herdeiros diretos do povo eleito de Deus. Contudo, nenhum texto encontrado identifica a comunidade como essênia.