Efer: Descendente de Judá, filho de Esrom. (1 Crônicas 4:17)
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Efá
- Efá (do hebraico עֵיפָה, ʿĒp̄ā; Septuaginta Γαιφα, Gaipha) é mencionado na Bíblia Hebraica como um dos cinco filhos de Midiã, que, por sua vez, era filho de Abraão com Quetura. Efá é listado entre os irmãos Éfer, Enoque, Abida e Eldá em Gênesis 25:4 e 1 Crônicas 1:33. Esses irmãos são considerados os antepassados dos midianitas, um grupo nômade do deserto associado aos territórios ao sul da Palestina e da Península Arábica.
Em Isaías 60:6, Efá é referido simbolicamente, associado ao transporte de ouro e incenso de Sabá para Israel. O texto descreve uma visão profética onde dromedários de Midiã e Efá enchem Israel, sugerindo uma era de prosperidade e adoração a Yahweh. Esse versículo sugere o envolvimento do clã de Efá no comércio de luxo, especialmente incenso, uma mercadoria valiosa na Antiguidade.
Evidências Históricas e Arqueológicas
Efá e sua tribo são os únicos clãs midianitas mencionados em inscrições fora do contexto bíblico, particularmente nas listas de tribos submetidas pelos reis assírios Tiglate-Pileser III e Sargão II no século VIII a.C. Essas referências fornecem um contexto histórico relevante:
- Inscrições de Tiglate-Pileser III: Efá é chamado de Ḫa-a-a-ap-pa-a-a, e é listado junto com tribos árabes, como Adbeel, Massa, Tema e Sabá, que pagaram tributo ao rei após uma campanha militar no sul da Palestina.
- Anuários de Sargão II: Efá é mencionado como Ḫa-ia-pa-a, juntamente com outras tribos árabes como os Thamud, Marsimani e Ibadidi. A derrota e o exílio dessas tribos em Samaria (c. 716 a.C.) é relatada. Efá é o único nome comum às listas de Tiglate-Pileser e Sargão, o que sugere que esse clã estava entre os mais próximos da Palestina e pode ter vivido ao longo das rotas de comércio de incenso.
Essas evidências indicam que a tribo de Efá habitava uma região de importância estratégica, possivelmente próxima de rotas comerciais que ligavam o sul da Arábia com o Mediterrâneo. As referências bíblicas e assírias sugerem que essa tribo poderia ter habitado áreas que hoje correspondem a Yathrib (Medina) ou à região de Ḥismā, ambas ligadas ao antigo comércio de incenso.
2. Efá concubina de Calebe. 1 Crônicas 2:46.
3. Efá, filho de Jadai, um dos descendente de Judá. 1 Crônicas 2:47.
4. Efá, uma medida para seco e molhados.
Entende-se que o efá equivale a aproximadamente 22 litros em volume para substâncias secas, sendo esse volume comparável ao de um grande cesto ou pequeno saco. Em termos de peso, por se tratar de uma medida de volume, o peso de um efá depende do material medido. Para o trigo, por exemplo, um efá pesaria aproximadamente 13-14 kg. Para a cevada, devido à sua menor densidade em comparação ao trigo, o peso seria em torno de 10-11 kg.
Filhas de Filipe
Quatro filhas anônimas que exerciam a profecia na igreja de Cesareia Marítima.
Filipe, um dos sete (Atos 6:1–7), vivia em Cesareia Marítima (8:40) com quatro filhas solteiras que profetizavam (At 21:9). De acordo com Eusébio (História Eclesiástica 3.31.3–4), a tradição era que essas filhas de Filipe se mudaram para Hierápolis, na Frígia, onde serviram como profetisas.
Filha de Sião
Filha de Sião, em hebraico bat Tzion, é uma personificação da cidade e povo de Jerusalém. Há menção no plural que só ocorre em Cantares 3:11, livro onde também aparece a locução “filhas de Jerusalém. A expressão é usada em 26 lugares nas Escrituras Hebraicas e talvez corresponda à palavra de Jesus no caminho do calvário (Lucas 23:28).
Deus e feminilidade
Deus na Bíblia aparece em termos tanto transcendentes quanto antropomorfos ou personificados. Em algumas passagens antropomorfas, Deus aparece com aspectos femininos, bem como em termos gramaticais femininos ou em metáforas femininas.
Algumas passagens notórias são: Deus como Espírito pairando com uma forma verbal com terminação feminina, מְרַחֶ֖פֶת m’rechephet (Gênesis 1:2). Ainda na criação, a Imagem de Deus no ser humano criado como macho e fêmea (Gênesis 1:26-27). Manifestam nas Escrituras ainda Deus poderoso com peitos e nutriz (El Shaddai) (Gênesis 17:2); Deus como mãe parturente (Eloah) (Deuteronômio 32:18; Isaías 49:15); Deus como mãe águia (Êxodo 19:4). A menção de Deus como mãe que amamenta aparece em Isaías 49:14-15; 66:9-13; Salmo 131:2; também possivelmente em Oseias 11:4. Uma passagem compreensiva de vários desses aspectos femininos é Jó 33:4, o qual pode ser traduzido como “A Espírito de Deus, ela me fez; e o fôlego de Deus que amamenta (Shadai), ela me deu vida”.
Deus também é descrito como uma mãe galinha em Mateus 23:37 e Lucas 13:34; Deus como uma mãe que conforta (Isaías 66:13), uma senhora (Salmo 123-2-3).
Quatro substantivos femininos são usados no Antigo Testamento associados a Deus. O Espírito (Ruach) de Deus é uma hipóstase de Deus agindo no mundo. A Sabedoria (chokmah) de Deus é personificada com os propósitos de Deus, por vezes identificado como uma hipóstase ou identificado na tradição cristã com o Espírito Santo ou com o Verbo. A justiça de Deus aparece tanto na forma masculina (Tzedeq) quanto na feminina (Tzedakah). A Glória de Deus, Shekiná, também é tida por vezes como uma hipóstase ou indentificada com o Espírito Santo.
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Midot – Atributos bíblicos de Deus.
