Teoria da recapitulação

A teoria da recapitulação é uma das antigas perspectivas para explicar a obra de expiação ou reconciliação que Cristo proporcionou em benefício da criação.

O evento primário da expiação é a entrada de Deus na vida humana na encarnação (João 1:14. 18; 12:46; Rm 5:15-21; Hb 2:10). Um dos textos centrais para essa doutrina é Efésios 1:10:

E o plano é este: no devido tempo, ele reunirá [anakephalaiōsasthai, recapitulará] sob a autoridade de Cristo tudo que existe nos céus e na terra. NVT

Recapitulação tem vários sentidos, mesmo dentro dos escritos de Irineu de Leão (c. 130 – c. 200), seu principal proponente. Referente à doutrina da expiação, segundo Irineu, Cristo recapitulou a história cósmica como o novo representante da humanidade. Não por menos recapitulare (anakefalaiosis) significa “recolocar a cabeça”. Tal como Adão, Jesus foi o representante da humanidade nesse grande plano da criação. Diferente do imperfeito Adão, Cristo era perfeito; portanto, capaz de redimir toda a criação.

Recapitulação também é o sumário, o apanhado geral ou a culminação de tudo que veio antes. Fazia parte do plano de redenção desde o princípio recapitular todas coisas por Cristo a partir da encarnação. A criação e a redenção consumam-se em uma união plena.


“Por causa de seu amor incomensurável, Ele se tornou o que somos para permitinos a nos tornarmos o que Ele é.”

Irineu. Contra as Heresias, 5.


Quando o Logos tornou-se humano a natureza humana foi restaurada porque a vinda de Cristo alterou drasticamente toda a história e pessoa humana.

Numa das primeiras compreensivas exposições sobre a expiação, Atanásio (c. 297 – 373) (A encarnação do Verbo 2,9; 4,20) aborda a recapitulação dentre outras teorias.

Vale notar que nem Irineu ou Atanásio ficaram restritos a uma teoria. Na realidade, Irineu descreve a salvação de três modos: como a conquista do inimigo da humanidade; como nos tornando participantes da incorruptibilidade; e como somos participantes na adoção como filhos. Observe em particular a ligação entre incorrupção e adoção. Ambos Irineu e Atanásio empregam terminologia sacrificial ao falar da obra de Cristo, mencionam a derrota de Satanás por Cristo e a libertação da humanidade do poder escravizador de Satanás. Finalmente, vale atentar-se que eles não articulararam a doutrina da reconciliação de forma sistemática.

A doutrina da recapitulação seria base para posteriores reformulações. Por considerar toda a criação redimida por Cristo, essa doutrina tem escopo atemporal e progressivo. Ou seja, não restringe os efeitos da obra reconciliatória em determinadas economias (fases) da história de salvação. Também, é base para a doutrina da teose e da soteriologia ortodoxa oriental.

Uma variante comum na era patrística é chamada de “teoria física”. Fundamentada no conceito neoplatônico de que todos os seres humanos estão conectados por meio de sua natureza comum ou physis, o Logos encarnou-se e assim restaurou a natureza humana à perfeição. Desse modo, o ser humano viveria uma vida sem pecado e totalmente centrada em Deus, restaurada automaticamente a natureza humana. No entanto, esta perspectiva tem uma dificuldade quando contradita pela contínua pecaminosidade e pelo problema do mal ainda facilmente atestáveis.

As doutrinas posteriores no cristianismo centraram a expiação (reconciliação) mais na morte e ressurreição de Cristo. Contudo, aspectos da teoria governamental e na soteriologia transformativa refletem elementos da teoria da recapitulação.

BIBLIOGRAFIA

Atanásio. A encarnação do Verbo.

Irineu. Contra as heresias.

Boersma, Hans. “Justification within Recapitulation: Irenaeus in Ecumenical Dialogue.” International Journal of Systematic Theology: IJST 22, no. 2 (2020): 169-90. 

Hart, Trevor A. “Irenaeus, Recapitulation and Physical Redemption” in Hart, Trevor A.; Thimell, Daniel P. (eds.) Christ in our place: the humanity of God in Christ for the Reconciliation of the World. Essays presented to professor James Torrance. Exeter: Paternoster, 1989.

Steenberg, M. C. Irenaeus on Creation: The Cosmic Christ and the Saga of Redemption. Vol. V. 91. Supplements to Vigiliae Christianae. Leiden: Brill, 2008. 

Williams, David T. “Another Look at Recapitulation.” Pharos Journal of Theology, 101 (2020).

Christus Victor

Christus Victor, em latim para Cristo vitorioso, é um conjunto de perspectivas sobre a obra de reconciliação de que a morte de Cristo pela humanidade pecadora (1 Co 15:3; Rm 5:8; Jo 3:16) culminou uma vitória divina sobre o pecado, o mal e a morte.

Pela doutrina de Christus Victor, Jesus Cristo morreu para derrotar os poderes do mal (como o pecado, a morte e o diabo), assim libertando a humanidade de sua escravidão. A partir dessa interpretação, há diversas explicações com nuances. Umas enfatizam a recapitulação — a repetição perfeita como segundo Adão. Ainda, sob a perspectiva de Christus Victor há teorias do resgate, na qual Cristo arrancou a criação das mãos do maligno. Outras utilizam imagens militarísticas de combate e derrota do mal. Há ainda concepções terapêuticas na qual Cristo inaugura a humanidade recriada já sarada dos pecados e da morte. Uma visão mais recente é a da renúncia da retaliação e violência por parte Cristo. Isso permitiu a paz entre Deus e a humanidade quando o esperado deveria ser a punição por sua morte, mas ao invés disso Cristo manifestou sua graça e perdão à humanidade mediante a ressurreição e ascenção triunfal.

Apesar dessas nuances, há um elemento comum nessa doutrina. Jesus teve que assumir fisicamente a natureza humana caída, uni-la à sua natureza divina. Sendo verdadeiro Deus e verdadeiro homem, Jesus Cristo pode pregar o evangelho para a erradicação do mal, derrotar as potestades espirituais e humanas, a vencer a tentação ao longo de sua vida no poder do Espírito Santo e derrotar a corrupção dentro de sua natureza humana em sua morte. Ao ressuscitar, apresentou-se com a natureza humana purificada e curada. Em um novo corpo ascendeu ao Pai como a primícia da humanidade restaurada. Por fim, compartilhou o Espírito de sua nova humanidade com todos os que creem para fazê-los partícipes da natureza divina.

Os textos-chave são Mt 6:14; Mc 1:4; 4:13; Lc3:3; 5:20-24; Jo 12:31, Cl 2:15, 1 Jo 3:8 e Hb 2:14-15.

Perspectiva dominante no primeiro milênio do Cristianismo junto da teoria do resgate, a teoria de Cristo vitorioso foi preterida pela teoria da satisfação de Anselmo no Ocidente. Entre cristãos orientais continua ser a teoria mais comum sobre a expiação. Lutero empregou alguns aspectos da doutrina de Christus Victor, retratando Cristo como um guerreiro que invade os domínios do mal. Alguns anabatistas, como Marpeck, propuseram doutrinas de salvação semelhantes durante a Reforma. Na tradição pietista, especialmente focada na teologia da cruz ao invés da teologia da glória, a vitória de Cristo subverteu a ordem aparente, pois em sua humanidade e sangue purificou todo o pecado (1 Jo 1:7), não sendo sua morte uma derrota, mas a vitória.

O pentecostalismo clássico fundamenta-se em uma versão soteriológica nessa perspectiva. Por uma leitura que combinou o evangelismo herdado dos movimentos de Santidade e de Alta Vida Superior (Keswick), sem intermediação de teologia sistemática formal, os pioneiros pentecostais e muitas denominações atuais compreendem a obra de salvação em termos de redenção, resgate e restauração (restauração terapêutica) embasados na vitória de Cristo. Por essa razão, o sangue de Cristo é visto não como um pagamento por pecados alheios, mas um purificador dos pecados da humanidade.

Essa doutrina seria articulada no século XX pela escola de Lund, dentre eles Gustaf Aulén. A recepção inicial da obra de Aulén entre alguns setores evangélicos de língua inglesa levou a uma posição dicotômica entre os modelos de Cristo vencedor e de soteriologias forenses, sobretudo a teoria da substituição penal. Contudo, reflexões teológicas recentes como a de Jeremy Treat demonstram a plausibilidade de combinar tais modelos.

BIBLIOGRAFIA
Aulén, Gustaf. Christus Victor: an Historical Study of the three main types of the idea of the Atonement. Trans. A. G. Herbert; New York: Macmillan, 1931.

Bruce, F.F. “Christ as Conqueror and Reconciler,” Bibliotheca Sacra, 141 (January 1984): 298.

Courey, David. “Victory in Jesus: Perfectionism, Pentecostal Sanctification, and Luther’s Theology of the Cross”. Journal of Pentecostal Theology 22.2 (2013): 257-274. https://doi.org/10.1163/17455251-02202010 

Finger, Thomas. “Pilgram Marpeck and the Christus Victor motif.” Mennonite Quarterly Review, vol. 78, no. 1, Jan. 2004, pp. 53+. 

Girard, René. Things hidden since the foundation of the World. London; Athlone, 1987.

Hays, Richard B. “Operation Evil Power: If Christ has truly defeated the powers of Satan on the Cross (Col 2:15), why do the powers of evil effectively operate in this world?,” Christianity Today, (February 2004): 74.

House, Sean David. Theories of atonement and the development of soteriological paradigms: implications of a Pentecostal appropriation of the Christus Victor model. Doctoral dissertation, University of South Africa, 2012.

Moran, John (1935). “Christus Victor: A Historical Study of the Three Main Types of the Idea of the Atonement”. Thought: Fordham University Quarterly 10 (3):519-522.

Smith, Martyn J. Divine Violence and the Christus Victor Atonement Model: God’s Reluctant Use of Violence for Soteriological Ends. Wipf and Stock Publishers, 2016.

Treat, Jeremy R. The crucified king: atonement and kingdom in biblical and systematic theology. Zondervan, 2014.

Weaver, J. Denny. The nonviolent atonement. Grand Rapids: Eerdmans, 2011.

Gustaf Aulén

Gustaf Aulén (1879–1978) teólogo e bispo luterano sueco conhecido por sua abordagem da obra expiatória de Christus Victor para explicar os efeitos da morte de Jesus Cristo na salvação. Junto de Anders Nygren (1890-1978) foi um expoente da Teologia Lundensiana.

Estudou em Kalmar e depois na Universidade de Uppsala. De 1907 a 1913 foi professor assistente em Uppsala. Foi catedrático de teologia sistemática na Universidade de Lund a partir de 1913 até ser feito bispo de Strängnäs em 1933. Como figura pública, combateu vocalmente o nazifascismo, mesmo sendo a Suécia neutra durante a 2a Guerra. Morreu quase centenário.

Em uma série de palestras, publicadas em 1931, Aulén argumentou a doutrina de Christus Victor, a visão clássica da expiação. Partindo de que nenhuma doutrina, conceito ou imagem explicaria com justiça os enormes efeitos da obra expiatória de Cristo, Aulén percebeu que as teorias dos reformadores magistrais se distanciavam muito dos textos bíblicos. Notou ainda que as teorias patrísticas de resgate provocaram a justa reação dos escolásticos (e reformadores) pela percepção equivocada de que Deus devia algo ao Diabo. No entanto, Aulén aponta que a noção de resgate como remição foi confundida com resgate como recuperação ou libertação da influência do pecado, morte e do mal (o que em português seria a “remissão”).

A centralidade da ação divina é contínua. Do início ao fim, a expiação é o ato de Deus por meio de Cristo, no qual os poderes do pecado, da morte e do diabo foram vencidos, e o mundo foi reconciliado com Deus.

Um dos textos fundamentais é que “Deus estava em Cristo reconciliando o mundo consigo mesmo” (2 Coríntios 5:19). Essa visão seria dramática e dualista, porque assumia uma narrativa de conflito entre Deus e os poderes do mal, do pecado e da morte, na qual Deus triunfa sobre esses poderes. Também seria objetiva, porque postula que Deus tomou a iniciativa de mudar decisivamente a relação entre Deus e o mundo.

As teorias subjetivas como a doutrina da satisfação de Anselmo ou da substituição penal de Lutero e Calvino seriam antropocêntricas. Isso porque enfocariam o processo de salvação no homem e não em Deus. Aulén argumentou que Christus Victor também difere do entendimento “latino” da expiação, pois essas teorias dependem de uma obra divina descontínua. O sacrifício oferecido por Cristo a Deus em favor da humanidade “interrompe” a contínua obra divina de Deus movimentar-se para o homem e passa exigir um movimento na outra direção do homem para Deus.

Para Aulén a vontade de Deus de reconciliar triunfa sobre o pecado, a morte e o diabo. O juízo é sobre esses três. A doutrina de Christus Victor era uma teoria dupla da expiação, com Deus como sujeito (Reconciliador) e objeto (Reconciliado).

Vale notar alguns pontos salientes da teologia de Aulén. Sua hermenêutica era fundamentada no uso de metáfora, especialmente metáfora bíblica. Típico da epistemologia de Uppsala, Aulén via a teologia como estudo da ideia de Deus, não Deus em si, o qual seria irredutível.

Sua cristologia tem por base a o triunfo paradoxal de Jesus Cristo sobre as forças destrutivas do mal, particularmente na crucificação (posições semelhantes à teologia da cruz luterana, a cristologia anabatista, e a perspectiva do Chaoskampf). Assim, Cristo é o revelador e o libertador.

Seu cristocentrismo enfatizava a cruz e a ressurreição como central para o Novo Testamento. No entanto, os eventos da morte e vitória de Cristo não se separam dse seu ministério terreno. As obras de Jesus, seus “sinais”, revelam sua glória como Aquele que é e traz vida de Deus (Jo 2:11; 11:4, 40). Em seus sinais, Jesus sacia com comida e bebida (Jo 2; 6:1-15), restaura os enfermos (Jo 4: 47-52; 5: 1-9; 9: 1-7) e ressuscita os mortos (Jo 11). Jesus promete a vitória sobre a morte pela ressurreição dos mortos (Jo 11: 25-26). Seguir, crer, conhecer e confiar em Cristo Jesus é tornar-se partícipe de sua vida.

O caráter de reconciliação da Santa Ceia a faz ecumênica, pois ao lembrar a morte e a ressurreição de Cristo há uma reconciliação dos crentes com Deus e uns com o outros.

Escatologicamente, a doutrina do “Christus Victor” está para “agora e ainda não”. Deus já venceu, mas esperamos a vitória final de Deus em Cristo, quando todos os joelhos se dobrarão àquele que é o Senhor (Fp 2:11); quando Deus terá feito de todos os inimigos de seu Filho “escabelo de seus pés” (Lc 20:43; Atos 2:35; Hb 1:13; 10:13); e quando o reino deste mundo há de se tornar o reino do Deus em sua plenitude (Ap 11,15).

Seus livros eram quase imediatamente traduzidos para o inglês, mas a recepção da doutrina Christus Victor ficou inicialmente restrita à teologia acadêmica. As críticas da fraqueza da metodologia da história das ideias fez com que Aulén revisasse seus livros continuamente. Sem excluir a combinação da soteriologia Christus Victor com outras abordagens, sua posição ganhou limitada aceitação entre círculos teológicos eclesiásticos fora do mundo luterano a partir dos anos 1990.

BIBLIOGRAFIA

Aulén, Gustaf. A Fé Cristã. Tradução de Dirson Glênio Vergara dos Santos. São Paulo: ASTE, 2002. Originalmente publicado em 1923 em sueco.

Aulén, Gustaf. Christus Victor: an Historical Study of the three main types of the idea of the Atonement. Trans. A. G. Herbert; New York: Macmillan, 1931. Originalmente publicado em 1930 em sueco.

Anselmo

Anselmo da Cantuária (1033-1109) foi filósofo, teólogo e arcebispo medieval.

Anselmo nasceu perto de Aosta, na fronteira da Borgonha com a Lombardia. Aos 23 anos iniciou uma viagem de três anos aparentemente sem rumo até se estabelecer na Normandia em 1059. Entrou para abadia beneditina de Bec, sob direção de Lanfranc, um brilhante professor de dialética.

Mais tarde, Anselmo foi eleito abade de Bec e a transformou em um centro intelectual. Escreveu suas obras Monologion (1075–1076), Proslogion (1077–1078) e seus quatro diálogos filosóficos: De grammatico (c. 1059–1060), De veritate, De libertate arbitrii e De casu diaboli (1080–1086).

Em 1093, Anselmo foi nomeado arcebispo da Cantuária, a sé principal da Inglaterra. Quando Anselmo viajou a Roma em 1097 sem sua permissão, o rei William não permitiu seu retorno à Inglaterra. Depois da morte do rei em 1100, seu sucessor, Henrique I, autorizou o retorno de Anselmo. Mas seria novamente exilado de 1103 a 1107.

Suas obras como arcebispo da Cantuária incluem a Epistola de Incarnatione Verbi (1094), Cur Deus Homo (1095–1098), De conceptu virginali (1099), De processione Spiritus Sancti (1102), a Epistola de sacrifício azymi et fermentati (1106– 1107), De sacramentis ecclesiae (1106–17) e De concordia (1107–8). Anselmo morreu em 21 de abril de 1109.

O pensamento de Anselmo provocou uma grande mudança teológica no ocidente. Na busca da comprensão de Deus como um ser, rompeu com a tradição apofática ao propor examinar a essência divina como um ser.

Seu método é primordialmente lógico-dedutivo. A lógica de Anselmo segue a recepção latina de Aristóteles mediada por Porfírio e Boécio. Subscrevia ao realismo na questão dos universais, argumentando que os gêneros e as espécies não desapareceriam se afastados todas as suas instâncias.

Promoveu assim, o argumento ontológico para a razoabilidade da existência de Deus. Com base nos atributos divinos inferidos a priori e dedutivamente, revisitou a teoria do resgate da expiação. Propôs a doutrina da satisfação para o ato expiatório, pois considerava ímpia a noção de resgate como uma transação comercial paga a Satanás. Assim,argumentava que era necessário que Deus se tornasse humano para satisfazer a justiça divina, maculada pelo pecado original.

A soteriologia forense e a noção de justiça de Anselmo foram concebidas em uma matriz cultural do direito franco-germânico medieval. Por esse motivo, Hasting Rashdall (1919) vê a soteriologia de Anselmo como a atuação de um advogado lombardo em uma corte feudal.

O argumento ontológico de Anselmo foi criticado pelo monge Gaunilo (século XI) com o exercício de pensamento da ilha perfeita. Se alguém imagina uma ilha perfeita, há de existir uma mais perfeita ilha, porém não correponde necessariamente a ilha existente e a imaginada. Nessa linha, Lutero, os reformadores radicais e, mais recentemente, Barth e a teologia não realista rejeitaram muito da teologia dos atributos, especialmente atributos a priori ou não revelados em Jesus Cristo, como categorias lógicas arbitrárias.

O legado de Anselmo é notável na teoria da expiação vicária ou substituição penal desenvolvida por Lutero e Calvino.

BIBLIOGRAFIA

Anselmo. Proslogion.

Anselmo. Cur Deus homo

McGrath, Alister E. Iustitia Dei: a history of the Christian doctrine of justification. Cambridge University Press, 2005.

Rashdall, Hasting. The Idea of Atonement in Christian Theology. Londres: Macmillan, 1919.

Williams, Thomas, “Saint Anselm”, The Stanford Encyclopedia of Philosophy (Winter 2020 Edition), Edward N. Zalta (ed.), URL = <https://plato.stanford.edu/archives/win2020/entries/anselm/&gt;.