James Denney

James Denney (1856-1917) foi um teólogo e pregador escocês, ligado à Igreja Livre da Escócia e professor de teologia sistemática no Free Church College em Glasgow, onde lecionou de 1889 até sua morte em 1917.

A teologia de Denney estava enraizada na tradição evangélica reformada, com ênfase na soberania de Deus e na centralidade da cruz de Cristo. Acreditava que a expiação era o cerne do evangelho e que a obra de Cristo na cruz era a única base para a salvação. Contudo, rejeitava uma concepção penal (forense, legal ou judicial) de expiação. Antes considerava que a morte de Cristo pelos pecadores foi baseada em uma relação pessoal, universal e moral entre os pecadores e Cristo. Todavia, sua obra máxima sobre o assunto, The Death of Christ, ainda hoje é citada para a defesa de uma teoria de substituição penal de expiação.

A teologia de Denney também voltava-se à aplicação prática do evangelho na vida dos crentes. A teologia nunca deveria ser um fim em si mesma, mas deveria estar sempre voltada para a transformação de vidas. Fundamentando a homilética como disciplina teológica, escreveu muito acerca da pregação e sua importância de pregar o evangelho de forma clara e convincente.

“Nenhum homem pode dar a impressão de que é inteligente e que Cristo é poderoso para salvar”. Esta citação reflete a sua profunda convicção de que o poder do evangelho não está na inteligência ou eloquência humana, mas na poderosa obra de Cristo na cruz.

Thomas F. Torrance

Thomas F. Torrance (1913-2007) foi um teólogo e professor escocês que fez contribuições significativas nos campos da teologia sistemática e do diálogo ciência-teologia. Ele é mais conhecido por seu trabalho na tradição teológica reformada e seu envolvimento com as teorias científicas contemporâneas.

Torrance começou sua carreira acadêmica com graduação em clássicos e teologia pela Universidade de Edimburgo. Mais tarde, ele obteve um PhD em teologia pela Universidade de Basel, onde estudou com o renomado teólogo suíço Karl Barth.

O pensamento teológico de Torrance situa-se na teologia neo-ortodoxa de Barth e pela tradição reformada Ateologia cristã deve ser fundamentada na revelação de Deus em Jesus Cristo e que a missão da igreja é testemunhar essa revelação no mundo.

As contribuições de Torrance à teologia cristã incluem seu trabalho sobre a relação entre teologia e ciência. Argumentou que a ciência e a teologia são formas complementares de entender o mundo e que o estudo da ciência pode ajudar os cristãos a entender melhor a criação de Deus.

Os livros de Torrance incluem “Theological Science” (1969), “The Christian Doctrine of God: One Being Three Persons” (1996) e “The Mediation of Christ” (1992). Nessas obras, ele explora as implicações da Encarnação para a teologia cristã, a natureza de Deus e a relação entre teologia e ciência.

Pelo seu trabalho sobre teologia e ciência, foi homenageado com inúmeros prêmios e distinções, incluindo o Prêmio Templeton de Progresso na Religião em 1978.

TF Torrance veio de uma família de teólogos e eruditos. Seu irmão mais velho, James B. Torrance (1913-2003), também foi teólogo e ministro da Igreja da Escócia. James Torrance ensinou na Universidade de Aberdeen e era conhecido por seu trabalho sobre a doutrina do Espírito Santo e a relação entre ciência e teologia.

O sobrinho de Torrance, Alan Torrance, também é um proeminente teólogo. Alan Torrance é professor de Teologia Sistemática na Universidade de St. Andrews, na Escócia, e escreveu extensivamente sobre a teologia de Karl Barth, a doutrina da Trindade e a relação entre teologia e ciência.

Outro membro da família Torrance, Margaret Torrance, é historiadora e estudiosa da literatura escocesa. Escreveu sobre as obras de Robert Burns e editou várias coleções de literatura escocesa.

BIBLIOGRAFIA

Colyer, Elmer M. How to read TF Torrance: Understanding his trinitarian and scientific theology. Wipf and Stock Publishers, 2007.

John Knox

John Knox (c. 1513-1572) foi um reformador e teólogo escocês que desempenhou um papel significativo na Reforma Escocesa.

Knox nasceu perto de Haddington, na Escócia, e foi educado na Universidade de St Andrews. Knox tornou-se padre católico na década de 1530, mas depois se converteu ao protestantismo.

Knox tornou-se um associado próximo do líder protestante escocês George Wishart. Após a execução de Wishart, Knox tornou-se um líder do movimento protestante na Escócia. Passou um tempo no exílio na Inglaterra e em Genebra, onde se tornou amigo de João Calvino, antes de retornar à Escócia em 1559.

Na Escócia, Knox tornou-se o líder da Reforma Escocesa e foi fundamental para estabelecer a Igreja Presbiteriana da Escócia, a Kirk. Ele pregou contra a Igreja Católica e suas práticas, e seus sermões e escritos tiveram um impacto significativo no povo escocês.

Knox também desempenhou um papel na política escocesa, aconselhando e criticando vários monarcas. Ele era um forte defensor de uma igreja nacional escocesa e dos direitos do povo de resistir a governantes injustos.

Johannes Scharpius

Johannes Scharpius ou  John Sharp (1572-1629) foi um teólogo escocês do século XVI.

Scharpius estudou em St. Andrews antes de se tornar pastor em Kilmany, Fife. Devido à sua oposição à repressão de James VI, ele foi exilado e acabou se tornando professor de teologia em Die, no Delfinato. Mais tarde, voltou para a Grã-Bretanha e tornou-se professor de teologia em Edimburgo.

Sua obra “Cursus Theologicus”, um tratado teológico sistemático que cobre tópicos como Deus, a Trindade, a criação, o pecado, a redenção e os sacramentos foi empregada em vários cursos na época.

BIBLIOGRAFIA

https://www.prdl.org/author_view.php?a_id=492

George MacDonald

George MacDonald (1824-1905) foi um escritor, poeta e ministro cristão escocês.

MacDonald ficou mais conhecido por seus contos de fadas e romances de fantasia, como “The Princess and the Goblin” e “Phantastes”, que influenciaram muitos escritores, incluindo C.S. Lewis e J.R.R. Tolkien.

Os pensamentos teológicos de MacDonald fundamentar-se em sua crença no poder da imaginação. Um ardente crente na graça de Deus, rejeitava abordagens legalistas e dogmáticas vigentes nas denominações e teologias de sua época. Ele acreditava que a essência do cristianismo é o amor e que a imaginação é uma ferramenta poderosa para compreender e experimentar o divino. As obras de MacDonald frequentemente exploram a relação entre os mundos natural e sobrenatural e o crescimento espiritual de seus personagens.