George Ernest Wright

George Ernest Wright (1909-1974) foi um estudioso do Antigo Testamento e arqueólogo bíblico. Contribuiu significativamente para a arqueologia do Antigo Oriente Próximo e para a datação da cerâmica.

Criado em uma família presbiteriana em Ohio, G. E. Wright formou-se no College of Wooster e no McCormick Theological Seminary. Orientado por William Foxwell Albright, completou seus estudos na Universidade Johns Hopkins. Wright lecionou no Seminário McCormick e mais tarde ingressou na Harvard Divinity School.

Tentou aliar história e teologia, fazendo parte do movimento da teologia bíblica.

Judean Pillar Figurines

As Judean Pillar Figurines ou Estatuetas em Pilar da Judeia (JPFs) são uma forma distinta de representação feminina do Reino de Judá da Idade do Ferro, conhecida por seu corpo cilíndrico único com seios pronunciados e penteados muitas vezes elaborados. Essas estatuetas de argila foram descobertas em toda a região, datando principalmente do final do século VIII ao início do século VI aC. Seu significado e propósito têm sido objeto de debate acadêmico há muitos anos.

As JPFs eram normalmente feitos de barro, com bases cilíndricas e mais largas na parte inferior, feitos à mão ou com roda. As cabeças dessas estatuetas exibiam dois estilos principais: algumas eram moldadas com traços faciais definidos e penteados detalhados, enquanto outras eram mais rudimentares, com rostos comprimidos representando apenas os olhos. As partes superiores das bases apresentavam seios exagerados com destaque, muitas vezes com os braços posicionados para apoiá-los. Alguns JPFs exibiam detalhes pintados, como penteados e possíveis joias, tornando-os diferenciados.

O propósito das JPFs tem sido tema de discussão. Essas estatuetas eram comumente encontradas em vários contextos, incluindo ambientes domésticos, cisternas, fossas, casamatas e até armazéns. Embora alguns tenham sido descobertos em tumbas, sua associação com cultos de morte e funerais permanece inconclusiva devido ao número limitado encontrado em tais contextos.

É possível que houvesse vários usos potenciais para as JPFs, inclusive como oferendas votivas, imagens de culto e objetos devocionais. Muitas vezes aparecem ao lado de outros objetos associados a práticas religiosas, como imagens de Bes, amuletos, contas, lâmpadas e pingentes. Alguns pesquisadores sugerem que eles podem ter sido usados em rituais domésticos privados, e não em atividades de culto maiores em toda a comunidade.

Uma teoria liga as JPFs à adoração de deusas, particularmente Asserá, Astarte ou Anat. Seus seios pronunciados são vistos como símbolos de fertilidade, alinhando-os com divindades associadas à fertilidade e à maternidade. No entanto, devido à falta de características distintivas, é um desafio atribuí-las definitivamente a deusas específicas.

As JPFs desaparecem dos registos arqueológicos após o exílio babilónico, sugerindo uma mudança nas práticas ou crenças religiosas entre a população judaica que regressou. Em contraste, estatuetas de pilares semelhantes continuaram a ser usadas em áreas ocupadas pelos idumeus e fenícios durante o mesmo período.

Há várias interpretações para as JPFs, incluindo o seu uso como amuletos de fertilidade, amuletos contra a impotência sexual, ou mesmo como representações do desejo de nutrição do mundo sobrenatural. Algumas teorias sugerem que podem estar relacionadas com rituais domésticos ou rituais mágicos de simpatia, refletindo os desejos e necessidades dos habitantes. A associação das figuras com a deusa Asserá também foi proposta, embora esta ligação não seja universalmente aceita.

A ampla distribuição de JPFs na Judá da Idade do Ferro e a diversidade de interpretações em torno do seu propósito destacam a natureza complexa das práticas religiosas antigas e os desafios de compreender o seu significado com certeza.

BIBLIOGRAFIA

Dever, William G.. Did God Have a Wife?. Eerdmans, 2008.

Kletter, Raz. The Judean Pillar-Figurines and the Archaeology of Asherah. Oxford, England: Tempus Reparatum, 1996

W. F. Albright

William Foxwell Albright (1891 – 1971) foi um biblista e arqueólogo estudioso do Antigo Testamento. 

Albright recebeu seu diploma de bacharel pela Upper Iowa University e seu PhD pela Johns Hopkins, onde atuou no corpo docente de 1930 a 1958.

Treinou uma geração de biblistas, historiadores e arqueólogos. Apesar de não considerar a Bíblia como um registro histórico com acurácia minuciosa, entendia que boa parte de seus relatos possuíam bases históricas. Assim, desenvolveu uma escola de pensamento arqueológica, a dita maximalista, para averiguar esta historicidade.

Sérgio Paulo

Sérgio Paulo foi o procônsul romano de Chipre durante o reinado do imperador Cláudio.

Foi o primeiro convertido registrado durante a primeira viagem missionária de Paulo. (At 13:6-7).

Algumas inscrições com o nome Sérgio Paulo foram descobertas. Embora não seja garantido que seja o Sérgio Paulo de Atos, uma inscrição fala dele como procônsul de Chipre durante o reinado de Cláudio

Gálio

Gálio era procônsul da Acaia (At 18:12, 14). Provavelmente seja a mesma pessoa da Inscrição de Gálio encontrada em Delfos.

Escrita em grego, esta cópia esculpida em pedra,de um decreto do imperador Cláudio (41–54 d.C.) ordena a L. Iunius Gallio, o governador, que apontasse pessoas aem Delfos para revitalizá-la. A inscrição data entre abril e julho de 52 dC. Assim, é provável que Gálio foi procônsul da Acaia no ano anterior. Portanto, a estada de 18 meses de Paulo em Corinto (Atos 18:1–18) incluiu o ano 51.