Mary Moise

Mother Mary Gill Moise (1850–1930) foi uma pioneira no movimento pentecostal, conhecida por sua liderança e atuação social no movimento da Fé Apostólica. Nascida em 1850, em um período de exclusão e perseguição para afro-americanos, Moise enfrentou as limitações impostas por sua época, moldando uma trajetória de serviço religioso e social.

Em St. Louis, Missouri, fundou a missão Door of Hope, dedicada a oferecer alimentos, abrigo e orientação espiritual a pessoas marginalizadas, especialmente jovens mulheres sem-teto. Seu trabalho foi amplamente reconhecido, incluindo a conquista do primeiro prêmio na Feira Mundial de St. Louis em 1904, em reconhecimento por sua atuação com meninas desabrigadas.

Mary Gill Moise (1850–1930) foi uma figura central no movimento pentecostal, conhecida por sua liderança e atuação social no movimento da Fé Apostólica. Nascida em 1850, em um período marcado por desafios sociais significativos para afro-americanos, Moise enfrentou as limitações impostas por sua época, moldando uma trajetória de serviço religioso e social.

Em St. Louis, Missouri, fundou a missão “Door of Hope,” dedicada a oferecer alimentos, abrigo e orientação espiritual a pessoas marginalizadas, especialmente jovens mulheres sem-teto. Seu trabalho foi amplamente reconhecido, incluindo a conquista do primeiro prêmio na Feira Mundial de St. Louis em 1904, em reconhecimento por sua atuação com meninas desabrigadas.

Moise aderiu à mensagem pentecostal após experimentar o batismo no Espírito Santo, evento que aprofundou seu compromisso com a fé e a levou a se engajar em ministérios voltados para a assistência social.

Como líder no movimento da Fé Apostólica, uma ramificação do pentecostalismo que enfatiza o batismo em nome de Jesus Cristo, Moise desempenhou um papel importante na expansão e consolidação da comunidade religiosa local. Seu ministério inspirou muitos e contribuiu para a construção de redes de apoio espiritual e material em sua região.

Theodor Fliedner

Georg Heinrich Theodor Fliedner (1800 -1864) foi um pastor protestante alemão, reformador social e fundador de um movimento de diaconia.

Na esteira de Oberlin e junto com suas esposas Friederike Münster e Caroline Bertheau, restabeleceu ofício apostólico de diaconisa. Seu trabalho em enfermagem foi seminal para Florence Nightingale, que passou alguns meses na casa Diconal de Kaiserswerth em 1850.

Para Fliedner, o modelo para o trabalho das diaconisas foi Febe, diaconisa citada em Rom 16:1 . As diaconisas seriam servas de Jesus, servas dos enfermos e servas umas das outras. Para proteger as diaconisas de ataques e enfatizar seu profissionalismo, Fliedner deu a elas um uniforme respeitável e estabeleceu diretrizes para estruturar e regular a rotina diária das diaconisas. Em 1838, as primeiras diaconisas foram enviadas para outras regiões, e outras casas de diaconisas foram construídas em Rheydt, Frankfurt e Kirchheim.

Diaconia

Diaconia e o ofício de diácono, em grego diakonos, significa servo ou ministro, aplicado às suas atividades respectivas de serviço ou ministério. Aparece nesses sentidos em Mt 23:11; Jo- 12:26; Mc 10:43; 1 Co 3:5; 1 Ts 3:2; Rm 16:1.

Como uma categoria distinta de ministros, os diáconos foram escolhidos pelo povo (At 6:6) com qualificações especiais (1 Tm 3:18-13).

Segundo os registros do Novo Testamento e da literatura cristã primitiva, podemos inferir que os diáconos e diaconisas cuidavam dos locais das reuniões, assistiam os necessitados, batizavam os novos convertidos e distribuíam os elementos na Santa Ceia.

BIBLIOGRAFIA

Collins, J.N. Diakonia. New York/Oxford: Oxford University Press,
1990.

Katharine Bushnell

Katharine Bushnell (1855-1946) foi uma feminista cristã, missionária, tradutora, biblista e pioneira da defesa dos direitos das mulheres.

Katharine Bushnell

Nascida em um lar metodista em Peru, Illinois, estudou na Northwestern University. Juntou-se à Frances Willard, deã da Faculdade das Mulheres na Northwestern University em Chicago. Lá, Bushnell envolveu-se na Women’s Christian Temperance Union (WCTU), movimento de reforma social liderado por Willard. Estudou grego, latim e medicina.

Em 1879 foi como missionária metodista para a China, onde fundou um hospital pediátrico em Shangai.

Acompanhando uma colega em estado terminal, Bushnell voltou aos Estados Unidos em 1882, estabelecendo-se em Denver por um tempo, onde abriu uma clínica.

Engajada no movimento de santidade interno ao metodismo e de reforma social, mudou-se para Chicago para assumir o cargo de National Evangelist of the Social Purity Department. Junto de Elizabeth Andrew, fundou o Anchorage Mission in Chicago, um abrigo que acolhia 5.000 mulheres anualmente. Fez campanhas contra e investigou a escratura de mulheres para prostituição.

Como biblista, denunciou as traduções bíblicas enviesadas contra as mulheres tanto em chinês quanto em inglês. Em 1908 produziu o God’s Word to Woman, um estudo por correspondência que fazia um panorama de personagens femininas e passagens bíblicas distorcidas. O curso tornou-se um livro em 1923.

BIBLIOGRAFIA
Bushnell, Katharine C. God’s Word to Women. 1923.

Bushnell, Katharine C. Heaven on Earth and How it will Come. London: Marshall Brothers, 1914.

Bushnell, Katharine C. Plain Words to Plain People. [S.l. 1918?].

Bushnell, Katharine. Take Warning! [S.l., 1910?].

Bushnell, Katharine Caroline e Elizabeth Wheeler Andrew. Heathen Slaves and Christian Rulers. Oakland, CA: Messiah’s Advocate, 1907.

Bushnell, Katharine; Andrew, Elizabeth. The Queen’s Daughters in India. London: Morgan and Scott, 1899.

Du Mez, Kristin Kobes. “The Forgotten Woman’s Bible: Katharine Bushnell, Lee Anna Starr, Madeline Southard, and the Construction of a Woman-Centered Protestantism in America, 1870-1930.” Ph.D. diss., University of Notre Dame, 2004.

Hardwick, Dana. Oh Thou Woman That Bringest Good Tidings: The Life and Work of Katharine C. Bushnell. Morris Publishing and Christians for Biblical Equality, 1995.

Kroeger, Catherine C. “The Legacy of Katherine Bushnell: A Hermeneutic for Women of Faith.” Priscilla Papers, Fall 1995.

Risveglio

O risveglio italiano (réveil em francês, revival em inglês, Erweckung em alemão) fez parte de vários movimentos de renovação espiritual ou avivamento que no século XIX se espalharam pela Europa continental.

Na década de 1810 iniciou-se um avivamento em Genebra, animado por pregadores ingleses depois da derrota de Napoleão, logo se esparramou pela Itália por ação de Félix Neff.

Este avivamento foi movidos por um ímpeto missionário. Essas missões muitas vezes foram realizado não pelas estruturas organizacionais das denominações, mas por associações livres de crentes, bem como um fervor reformista dentro das Igrejas, que também poderia levar à separação em comunidades livres. Na Itália ocorreu um avivamento entre as igrejas valdenses, as igrejas livres (Chiesa Cristiana Libera in Italia e Chiesa dei Fratelli) e as denominações fundadas por missionários de língua inglesa (batistas, metodistas, anglicanos, Exército de Salvação).

A repressão ultramontana e o reacionarismo político dificultaram a pregação do evangelho na Itália, mas abriram muitas possibilidades no exterior. Muitos exilados por razões políticas também encontraram o evangelho, formando igrejas italianas em Londres e Genebra. Uma consequência foi a aliança entre ativistas liberais e evangélicos, defendendo uma Itália unida na qual haveria uma “Igreja livre em um Estado livre” (Libera chiesa in libero stato). Coincidia também com o anseio pela emancipação civil e a justiça social.

A migração, de crentes ou não, possibilitou a formação de igrejas longes do controle paroquial católico. Assim, surgiram comunidades evangélicas italianas no Uruguai, Argentina, Brasil, mas seria especialmente nos Estados Unidos que um movimento evangélico floresceria.

Dentre os principais atores se destacam Paolo Geymonat, Conde Piero Guicciardini, Bonaventura Mazzarella, Pietro Taglialatela, Alessandro Gavazzi, Carolina Dalgas, dentre outros.

Em 1861 nasceu o Reino da Itália. Nele, os evangélicos criaram escolas para os analfabetos, orfanatos, eram próximos aos imigrantes, apoiavam os mais necessitados, faziam contribuições importantes no campo da cultura, especialmente na investigação histórica ou na filologia bíblica. Renasceu o interesse pela hinologia, pela diaconia e pelas escolas dominicais.

Em muitos aspectos o risveglio lançou os trilhos para depois florescer o grande avivamento pentecostal.