Ásia Menor

Ásia Menor ou Anatólia é a região peninsular mais ocidental do continente asiático, correpondente à grande parte da Turquia atual.

Possui um platô central montanhoso, cuja atitude variam entre em média entre 600 e 1200 metros, com seu pico mais alto sendo o Monte Argeu (turco, Erciyes Dağı), vulcão na antiga Capadócia.

A posição estratégica conecta a Europa e a Ásia (o continente), além das bacias dos mares Negro, Mediterrâneo e Egeu. Lá desenvolveram várias sociedades e civilizações.

Um dos mais antigos centros urbanos da humanidade encontra-se no leste da Anatólia, Göbekli Tepe (1000-8800 a.C.). Este centro cerimonial seria o templo mais antigo encontrado, composto de monumentos megalíticos em formato de T, decorado com alto relevo de animais e figuras humanas. O espantoso é que essa população não praticava a agricultura, não conhecia a cerâmica, os metais ou a roda. As ricas fauna e flora eram suficientes para manter essa população semi-urbana, sendo comparável ao Jardim do Éden.

A Ásia Menor foi lar de uma sucessão de povos: hititas, frígios, armênios, Mitani, gregos, selêucidas, romanos, bizantinos e finalmente turcos.

Durante o período romano consolidou-se a divisão histórica das regiões: Bitínia, Paflagônia, Ponto, Capadócia, Cilícia, Licaônia, Pisídia, Panfília, Lícia, Cária, Frígia, Lídia, Mísia e Galácia.

Era uma área rica em recursos naturais floresceu indústria artesal. A mineração e produção de moedas iniciou na Lídia. Os rios Lico e Menderes afluíam a Laodiceia os produtos de tecidos de lã. De lá, os produtos chegavam a grandes portos como o de Esmirna.

Paulo, ele próprio originário de Tarso, na região da Cilícia, na Ásia Menor, desenvolveu seu ministério por várias de suas regiões e cidades. João de Patmos destinou suas sete cartas para igrejas da Ásia Menor.

Na história do cristianismo, as igrejas da Capadócia, Frígia, Esmirna, Éfeso, Sinope, Niceia, Calcedônia e Constantinopla tiveram papéis marcantes.

Sefarade

O nome Sefarade (סְפָרַ֑ד) aparece com localização incerta no Livro de Obadias (1:20), referindo-se aos exilados israelitas nesse local.

Desde o início da Idade Média, os targums identificam a Espanha como Sefarad, tal como em hebraico moderno e pelos judeus ibéricos referem-se a si próprios como sefarditas. Outras teorias, baseada em inscrições persas e nos Anais de Sargão II, localizam dois lugares chamados Sparda: um na Média e o outro em Sardis, a antiga capital da Lídia, na Ásia Menor. Há também a hipótese de que Sefarade esteja situado na Líbia.

A Peshitta glosa Sefarade como Espanha. E o Targum Jonathan em Obadias 20 “Espamia”. As consoantes para “Sardis” e “Sefarad” são semelhantes.

BIBLIOGRAFIA

Neiman, David.”Sefarad, the Name of Spain”. Journal of Near Eastern Studies, 22 (1963) 128-132.

Lídia

  1. País e região na Ásia Menor, atual Turquia. Possíveis alusões da Lídia aparecem no Antigo Testamento (Gn 10:22; 1 Cr 1:17; Is 66:19; Ez 27:10; 30:5), associado com Lude filho de Sem. Josefo refere aos lídios como descendentes de Lude (Antiquidades I. 6. 4 § 144 ). Foi berço de uma civilização anatólica possilvelmente próxima dos hittitas, mas foi absorvida pelo helenismo. Esta região rica foi a primeira a cunhar moedas padronizadas. Sua indústria têxtil trouxe riqueza.  Embora pouco mencionada diretamente, várias localidades da então província romana da Ásia localizavam-se na Lídia, como Éfeso, Esmirna, Tiatira, Sardes, Filadélfia. 
  2. Lídia, a vendedora de púrpura. Moradora de Tiátira, era uma convertida por Paulo, uma das primeiras crentes na Europa em Filipos (At 16).