Sidom

Sidom (em fenício e hebraico ṣdn, grego Σιδών, latim Sidon e árabe ṣaydā), cidade fenícia na costa libanesa. Uma das mais antigas cidades da região, é ainda um importante centro urbano.

Na Bíblia, sidônio é usado como sinônimo de fenício. A cidade coordenava a grande rede comercial fenícia, fazendo-a rica, apesar de Tiro tomar seu lugar hegemônico entre os séculos X a.C. e IV a.C.

Sidom devia sua prosperidade ao seu porto e à fabricação e comércio de mercadorias como vidro e corante púrpura. Sua frota participou das Guerras Persas. A rica cidade comercial também foi um importante centro cultural e científico.

O reino de Sidom, atestado a partir do século XIV ao III a.C., era frequentemente tributário de outras potências, como Egito, Assíria, Pérsia e Alexandre, o Grande e seus sucessores.

A cidade foi destruída muitas vezes (em 677 por Esar-hadom, em 351 por Artaxerxes). Seu último rei governou até 279 a.C., a partir de então foi governada por sufetes. Seria dominada pelos selêucidas em 198. Alcançou a independência (111 aC), depois ficou sob a influência de Roma (64 a.C.) e tornou-se colônia romana (218 d.C.).

O santuário de Bostan Eshshé (séc. VI a.C. ao século VI d.C.) era dedicado a Eshmun (Asclépio). Astarte também era cultuada na cidade.

Horvat Rosh Zayit

Horvat Rosh Zayit, em árabe Khirbet Ras Zetun (“Ruína da Ponta da Oliveira”), é um sítio arqueológico do início do período israelita situado na Floresta Segev na Baixa Galileia.

Escavações realizadas sob a direção do arqueólogo Zvi Gal encontraram uma grande fortaleza (16 x 15,5 metros) do século 10 a.C. Possui um pátio central cercado por salas, todas cercadas por imponentes fortificações sem portão. A entrada na fortaleza parece ter sido feita com a ajuda de escadas de madeira. Entre os itens encontrados dentro do complexo estavam dezenas de vasos de barro contendo sementes de trigo e jarros para armazenar vinho e azeite.

O sítio não deve ser confundido com Tel Zayit, onde foi encontrado o Abecedário de Zayt, próximo a Jerusalém.

A proximidade com uma vila árabe ainda hoje chamada de Cabul (a 2 km do sítio) fez com que Gal identificasse este sítio com a Terra de Cabul de 1 Reis 9:11-13.

11 (para o que Hirão, rei de Tiro, trouxera a Salomão madeira de cedro e de faia e ouro, segundo todo o seu desejo). Então, deu o rei Salomão a Hirão vinte cidades na terra de Galileia. 12 E saiu Hirão de Tiro a ver as cidades que Salomão lhe dera, porém não foram boas aos seus olhos. 13 Pelo que disse: Que cidades são estas que me deste, irmão meu? E chamaram-nas: Terra de Cabul, até hoje.

BIBLIOGRAFIA

Gal, Zvi. “The Iron Age ‘Low Chronology’ in Light of the Excavations at Ḥorvat Rosh Zayit.” Israel Exploration Journal 53, no. 2 (2003): 147-50.

Jezabel

Jezabel, rainha de Israel do século IX a.C. Era filha de Etbaal, rei dos sidônios, na Fenícia. Casou-se com Acabe e estimulou o culto a Baal em Israel.

O ciclo narrativo de Jezabel aparece de 1 Reis 16 a 2 Reis 10. Coincide com um dos períodos mais prósperos para o Reino de Israel, sob a dinastia Omrita. Suas políticas religiosas foram confrontadas por Elias, profeta defensor do Yahwismo, o culto de Yahweh.

Embora Jezabel seja às vezes representada como uma sedutora com base em Ap 2:20-22, o Livro de Reis não a retrata assim. Talvez seja uma homônima mencionada em Apocalipse.