Jordão

Rio Jordão, em hebraico יַרְדֵּן, jarda; em grego Ἰορδάνης, Iordanēs, é um rio que flui do Monte Hermom, atravessa o Mar da Galileia e depois até o Mar Morto.

O vale do Jordão separa as Planícies Costeiras e a Cordilheira Central, a oeste, das Terras Altas da Transjordânia e as Planícies da Jordânia, a leste.

É o maior rio de Israel, forma-se a partir de três afluentes perto do Monte Hermom. Esses afluentes – Bareighit, Hasbani e Banias – encontram-se no Lago de Hula. Daí são 215 quilômetros até o Mar Morto. Seus afluentes principais sãos o rios Jarmuque e Jaboque.

O Jordão é mencionado mais de 180 vezes no Antigo Testamento e 15 vezes no Novo Testamento. Apesar das tribos transjordânicas, marcava a fronteiras entre terras prometidas e territórios estrangeiros. A travessia do Jordão por Josué simbolizou o fim do êxodo e o início da conquista, marcado por pedras memoriais em Gilgal. Elias e Eliseu igualmente atravessaram miraculosamente o Jordão.

Seu vale fértil sustentou povoações ao longo da história, defendidas pelas suas muralhas naturais e localizações estratégicas. Entre essas localidades estão Dã, Hazor,Betsaida, Cafarnaum, Gilgal e Jericó. A atual nação Jordânia herdou-lhe o nome.

Zahrat adh-Dhraʻ 2

Zahrat adh-Dhraʻ 2 é um sítio arqueológico na penísula de Lisan no Mar Morto, na Jordânia.

Trata-se de uma vila neolítica com restos datados entre 9140 e 8470 a.C. Foram encontradas ferramentas de pedra como foices, enxadas, pontas de flecha e facas. Apresenta indícios de agricultura, mas não de uso de cerâmica. São vários edifícios circulares que possuem um piso batido ou rebocado.

O sítio foi escavado em 1999 e atesta as fases iniciais da agricultura na região.

BIBLIOGRAFIA

Edwards, Phillip C, and Emily House. “The Third Season of Investigations at the Pre-Pottery Neolithic a Site of Zahrat Adh-Dhraʿ 2 on the Dead Sea Plain, Jordan.” Bulletin of the American Schools of Oriental Research 347, no. 347 (2007): 1-19.

Edwards, Phillip C., John Meadows, Ghattas Sayej, and Michael Westaway. “From the PPNA to the PPNB : New Views from the Southern Levant after Excavations at Zahrat Adh-Dhra’ 2 in Jordan.” Paléorient 30, no. 2 (2004): 21-60. 

Edwards, Phillip C, John Meadows, Ghattas Sayej, and Mary C Metzger. “Zahrat Adh-Drah(included In) 2: A New Pre-pottery Neolithic A Site on the Dead Sea Plain in Jordan.” Bulletin of the American Schools of Oriental Research, no. 327 (2002): 1. 

Bete-Peor

Bete-Peor, em hebraico בֵּ֣ית פְּעֹ֑ור, no grego da LXX Js 13:20 Βαιθφογωρ betefogor; Dt 34:6 οἶκος Φογωρ; casa de Fogor, era uma cidade de Moabe atribuída à tribo de Rúben (Js 13:20).

Antes de entrar na Terra de Canaã, os israelitas acamparam no vale em frente a Bete-Peor, enquanto Moisés contemplava a Terra Prometida do alto do monte Pisga (Dt 3:29). Moisés entregou-lhes certas leis (Dt 4:46). Este é o vale onde Moisés foi sepultado (34:6). Bete-peor era provavelmente o lugar onde Baal-Peor era adorado como divindade local (Nm 25:3, 5, 18).

Quanto ao significado de Peor (פְּעֹ֑ור), pode significar “abertura” ou “abismo”, vindo de uma raiz que aparece em árabe como faġara “abrir bem, bocejar”. O cognato siríaco (p’râ) significa “um abismo”.

Tradicionalmente, é identificado com Khirbet esh-Sheikh-Jayil, ao norte do Monte Nebo e oeste de Hesbom.

Eusébio localiza Bethphogor “como uma cidade a seis milhas de Livias perto do Monte Phogor, ou Peor” (Onom. 48, 35 [49, 3-41), a montanha na qual Beelphegor (Baal-Peor) era adorado (Qnom. 44, 15-16 [45, 17-18]), e onde Balaque trouxe Balaão, com vista para Livias (Onom. 168, 25-26, [169, 19-20]), para amaldiçoar Israel.

Egeria registra que da igreja em Monte Nebo (Siyaghah) ela podia olhar para o norte e ver a cidade de “Fogor”, ou Peor (Peregrinação 12. 8, p. 108)

BIBLIOGRAFIA

Henke, Oswald “Zur Lage von Beth Peor”, ZDPV, 75 (1959): 155-163.

Inscrição da Cidadela de Amã

A Inscrição da Cidadela de Amã (KAI 307) é um artefato encontrando na antiga capital dos amonitas, datada do século VIII a.C.

Descoberta em 1961 na Cidadela de Amã e publicada vez em 1968 por Siegfried Horn, a Inscrição seria proveniente do templo-fortificado dos amonitas, na atual Amã, capital da Jordânia.

A inscrição é esculpida em um bloco de calcário branco de aproximadamente 26 × 19 cm, com partes da inscrição perdidas, nos lados direito e esquerdo. A maioria das letras são claramente visíveis e a pedra tem poucos vestígios de erosão. Contém oito linhas. Nas oito linhas aparecem 93 letras em estimadas 33 palavras em língua amonita, uma variante do contínuo linguístico cananeu.

  1. [… Mi] lcom construiu para vós as entradas da cidadela […]
  2. […] que todos os que te ameaçam certamente morrerão […]
  3. […] Certamente destruirei, e todos os que entrarem […]
  4. […] e entre todas as suas colunas os justos habitarãoo […]
  5. […] pendurará em suas portas um ornamento […]
  6. […] será oferecido dentro seu pórtico […]
  7. […] e segurança […]
  8. […] paz a vós e pa[z …]

Abarim

Em hebraico הָעֲבָרִים significa “além”, “lugar oposto”, “para lá”. É a cadeia de montanhas vistas a partir da margem oeste do Jordão (cf. Gn 50:10-11; Nm 22:1).

Nas Escrituras Hebraicas aparecem o “os montes de Abarim” (Nm 33: 47-48); “Esta montanha de Abarim” (Nm 27:12) ou “esta montanha de Abarim” (Dt 32:49) e“Pilha dos Abarim” (Nm 21:11; 33:44).

Entre seus picos está o Monte Nebo, de onde Moisés viu a terra prometida antes de sua morte (Nm 27:12; Dt 32:49).

Já o nome Abarim, sem o artigo, ocorre em Jr 22:20, para referir a uma região, talvez remota como Líbano e Basã.