Efraim no Deserto

A cidade de Efraim ou Efraim no deserto teria sido uma cidade ou vila na Judeia mencionada somente no Evangelho de João 11:54.

Depois que Jesus ressuscitou Lázaro dos mortos, começou a conspiração para matá-lo. Jesus então se retirou para Efraim com seus discípulos. Eles partiram de lá pouco antes da Páscoa, chegando a Betânia (Jo 12:1).

Seria provavelmente o mesmo lugar que Ofra (Js 18:23), Efrom (2 Cr 13:19), atualmente identificada com a moderna cidade palestina de Taybeh.

Evangelho de João

apresenta como Jesus Cristo, o Logos (Verbo, Palavra) divino, se revela à humanidade para proporcioná-la uma relação íntima com Deus. Distinto dos outros três evangelhos, há discursos mais longos de Jesus.

COMPOSIÇÃO

O Quarto Evangelho é tradicionalmente atribuído a João, filho de Zebedeu, um dos Doze (ver Mc 1,19; 3,17; etc.), identificado como o “discípulo amado”. O evangelho pode ter sido escrito por discípulos de João ou alguém a quem ele ditou (ver Jo 21:24). A data de sua composição é estimada ser de cerca de 90 d.C.

Apesar de hoje não ser identificado como o mesmo autor de outra literatura joanina — as três epístolas e o Apocalipse — geralmente é agrupado juntos, devido um alinhamento temático. A tradição localiza sua composição na Ásia Menor, em Éfeso.

Seu contexto parece estar situado em um ambiente desafiador: perseguição romana, tensões com judeus, negação docética da humanidade de Jesus e apelo aos discípulos de João Batista.

TEMAS

O evangelho de João apresenta vários conteúdos distintos dos evangelhos sinóticos. Seus sinais e discursos também são únicos.

Os sete “Eu sou” enunciados, uma diferente ordem cronológica, antíteses (“luz” x “trevas”) e comparações fazem dessa narrativa singular.

É possivel que o evangelho de João tenha sido estruturado ou aproveitado elementos estilístico de gêneros dramáticos gregos.

ESTRUTURA

Tradicionalmente, o Quarto Evangelho é dividido em:

  • Prólogo ou o Hino da Palavra (João 1:-1:18);
  • Livro dos Sinais (1:19 a 12:50);
  • Livro da Glória (ou da Exaltação) (13:1 a 20:31);
  • Epílogo (capítulo 21)

COMPARAÇÃO COM OS EVANGELHOS SINÓTICOS

João não enfoca tanto episódios como os evangelhos sinóticos, mas para passagens longas com milagres e longos discursos correlatos. A narrativa combina uma organização cronológica com esquematização geográfica, estruturada ao longo de sete sinais miraculosos.

Nas falas de Jesus há um frequente uso de trocadilhos, duplo sentido e ironia.

O tratamento dos oponentes de Jesus como cegos e a insistência de que seu reino não está em competição com o Império Romano.

ESBOÇO
Prólogo e o encontro com João Batista e os primeiros discípulos (1).

Cristo transforma a água em vinho, purifica o templo, instrui sobre o novo nascimento e é testificado por João Batista (2-3).

Encontram-se com uma mulher samaritana (4:1-42).

Jesus realiza vários milagres (4:43-6).

Em Jerusalém, Jesus participa da Festa dos Tabernáculos (7).

Defende uma mulher apanhada em adultério (8:1-11).

Vários ensinos e sinais miraculosos na última semana de Jesus (9-17).

Jesus é preso, julgado, crucificado (18-19).

Sua tumba é encontrada vazia e ele aparece em Jerusalém (20) e na Galileia (21).