Apócrifo de Gênesis

Literatura parabíblica que expande o livro de Gênesis. Sobrevive em fragmentos dos manuscritos aramaicos descobertos no Mar Morto (1QapGen ou 1Q20).

Datado de entre 250 aC e 50 dC, o Apócrifo de Gênesis reconta as narrativas de Lameque, Enoque, Noé e Abraão ao estilo de midrash. Notoriamente, expande a narrativa de Lameque. Menciona um “livro perdido”, o Livro das palavras de Noé.

O Apócrifo de Gênesis tenta retratar os patriarcas com um tom moralmente melhor e dar uma interpretação teológica de suas vidas.

O livro é uma fonte importante para o aramaico palestiniano médio e é um dos mais antigos testemunhos que cita o livro de Gênesis.

O Apócrifo do Gênesis tem cerca de 17 colunas, o que corresponde a cerca de 20 páginas na tradução para as línguas ocidentais. O manuscrito está incompleto, com algumas seções faltando, tornando difícil determinar o tamanho exato.

BIBLIOGRAFIA

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Jafé

Jafé, em hebraico יֶפֶת, foi um dos três filhos de Noé.

Jafé aparece no relato do dilúvio (Gn 6-10). Elencado como o terceiro filho de Noé (Gn 5:32; 1 Cr 1:4). A família de Jafé repovoou a Terra junto com os outros filhos de Noé, Sem e Cão, mediante seus sete filhos e sete netos. Tais descendentes são mencionados de modo passageiro em Isaías e Ezequiel (Is 66:19; Ez 27:13; 32:26; 38:2-3, 6). 39:1, 6).

Noé

Noé foi o patriarca que, obedecendo à ordem de Deus, construiu uma arca e salvou sua família e animais do dilúvio (Gn 6-9).

Noé era filho de Lameque (Gn 5:28-29); o neto de Matusalém; e o nono descendente de Adão via Sete.

Considerado o único homem justo de sua época (Gn 5:9, Gn 7:6 cf. Gn 6:8), a missão de Noé era perpetuar a vida na terra. Noé é citado como exemplo de justo (Ez 14:14, 20; Mt 24:27-28; Lc 3:36; Hb 11:7). É comparada a libertação de Noé das águas do dilúvio com a libertação do pecado através do batismo cristão (1Pe 3:20-21).