Papiro Fuad P266

Pairo Fuad p266 ou Papyrus Fuad, é um fragmento de papiro, encontrado nas bandanas envolvendo uma múmia. Datado do século I a.C., é um dos poucos testemunhos da versão Septuaginta antes da era cristã.

Contém Deuteronômio 31:28-32,6. Apesar de grego, o nome de Deus está na forma do Tetragrama hebraico.

Foi descoberto em 1939 em Fayum, no Egito, onde havia duas sinagogas judias. Pertence ao Instituto de Papirologia do Cairo.

Papiros de Zenon

Os papiros ou o Arquivo de Zenon (c.280-c220 a.C.) consiste de grupo de documentos descobertos na antiga Filadélfia, na região de Fayum, no Egito. Esses papiros eram documentos mantidos por Zenon, secretário de um funcionário do governo egípcio.

O Arquivo de Zenon registra a vida e a administração do Egito ptolomaico e datam do século III a.C,. entre os reinados de Ptolomeu II e Ptolomeu III.

Zenon, filho de Agreofonte, nasceu na cidade de Kaunos, na costa da Cária, na Ásia Menor grega.

Em 260 a.C., Zenon era secretário de Apolônio, um conselheiro de Ptolomeu II, responsável pelo tesouro e supervisão de várias terras. Além de manter os documentos, fazia o papel de chefe de gabinete, supervisionando os bens e interesses particulares de Apolônio, bem como escrutinando pessoas que pediam audiência com seu empregador.

Zenon parece ter viajado extensivamente em nome de Apolônio por todas as propriedades ptolomaicas. Teria viajado pela Palestia, Transjordânia e Síria. Atesta a presença da comunidade judia dos tobíadas em Amã. Também atesta a vida dos judeus no Egito.

O arquivo foi descoberto na década de 1915 nos restos de uma casa.

BIBLIOGRAFIA

https://apps.lib.umich.edu/reading/Zenon/index.html

Zenon Papyri: Jews in Hellenistic Egypt

Papiros de Oxirrinco

Os Papiros de Oxirrinco ou Oxyrhynchus Papyri é a maior coleção de papiros encontrada. Oriunda do sítio arqueológico de Oxirrinco, próximo à atual cidade de El-Bahnasa na província de Al-Minya, Egito, a aproximadamente 160 quilômetros ao sul de Cairo, na margem esquerda do Bahr Yussef, um braço do Nilo que agora termina no oásis de Fayum.

As ruínas de Oxirrinco foram descobertas e identificadas por Vivant Denon, um dos estudiosos franceses que acompanhou Napoleão Bonaparte na campanha egípcia (1799-1802).

As primeiras escavações foram realizadas em 1897 pelos ingleses Bernard P. Grenfell e Arthur S. Hunt. Suas escavações desenterraram milhares de papiros em um lixão. Os manuscritos datam dos períodos ptolomaico (século III aC) e romano (de 32 aC) mas vão até a conquista muçulmana do Egito em 640 dC.

As descobertas são estudadas até hoje pela Sociedade de Exploração do Egito, com um número substancial de itens agora guardados no Museu Ashmolean, em Oxford.

A maior parte dos papiros foram sido escritos em grego. Alguns textos estão escritos em egípcio (hieróglifo, hierático, demótico) e principalmente copta. Outros estão em latim, árabe, em hebraico, aramaico, siríaco e persa palavi. Cerca de 10% dos papiros são literários. Os outros 90% são papiros documentais, sendo evidências importantes para reconstruir o cotidiano. Desde sua descoberta, cerca de 1% dos papiros foram processados e publicados, ou seja, cerca de 5.000 papiros publicados desde 1898.

Após as escavações iniciais, Oxirrinco atraiu diversas missões italianas e inglesas até a década de 1930, quando os esforços oficiais foram interrompidos por um período de cinquenta anos. Infelizmente, a exploração predatória não parou durante esse período. Saqueadores vasculharam o local e muitas antiguidades desenterradas nesses anos foram identificadas em coleções privadas, universidades e museus. Hoje, o local com o maior número de antiguidades de Oxirrinco é o Museu Nacional de Antiguidades de Leiden, na Holanda.

Entre os literários há obras de Platão, com, a República, Fédon ou o diálogo Górgias; os Elementos de Euclides; peças de Menandro; histórias de Tito Lívio, dentre outros. De especial significância são os papiros relacionados aos judeus e cristãos.

Relevantes para os estudos bíblicos estão os fragmentos dos primeiros Evangelhos não canônicos como Oxirrinco 840 (século III dC) e Oxirrinco 1224 (século IV dC). Outros textos de Oxirrinco preservam partes de Mateus 1 (século III: P2 e P401 ), 11–12 e 19 (século III ao IV: P2384, 2385 ); Marcos 10–11 (séculos V a VI: P3 ); João 1 e 20 (século III: P208); Romanos 1 (século IV: P209); a Primeira Epístola de João (séculos IV a V: P402 ); o Apocalipse de Baruque (capítulos 12–14; século IV ou V: P403 ); o Evangelho de Tomé (século III d.C.: P655 ); O Pastor de Hermas (século III ou IV: P404 ), uma obra de Irineu , (século III: P405 ). Existem muitas partes de outros livros canônicos, bem como muitos hinos, orações e cartas dos primeiros cristãos. Do Antigo Testamento, há partes de Gênesis, Êxodo, Levítico, Josué, Jó, Salmos, Eclesiastes, Amós e Ester.

Papiro 137

Papiro 137 é o fragmento também identificado como Papyrus 137, {\mathfrak {P}}137, P.Oxy. LXXXIII 5345, do evangelho de Marcos. É possivelmente o mais antigo documento até então encontrado desse evangelho. É datado do final do século II ou início do século III.

Trata-se de um fragmento encontrado em 1903 em Oxyrhynchus, mas somente publicado em 2018. Contém trechos de Mc 1:7-9; 1:16-18 em ambos lados da folha (frente e verso), indicando ser originalmente parte de um códice.

Foi foco de uma controvérsia nos anos 2010 quando se especulou que seria datado do século I e que supostamente seria vendido para o Museu da Bíblia de Washington.

Papiro 967

O Papiro 967 é um códice da versão Old Greek (Septuaginta) dos livros de Ezequiel, Daniel e Ester, escrito por volta de 200 d.C.

A descoberta do papiro foi anunciada no New York Times em 1931, mas os detalhes da descoberta e proveniência não são claras. Supõe-se que foi encontrado em Afroditópolis.

É composto por 59 folhas, o que corresponde a 118 folhas abertas ou 236 páginas. Cada folha mede aproximadamente 344 × 128 mm. As páginas foram escritas em uma coluna com uma média de 42 linhas em uma escrita uncial quadrada.

É distinguível diferentes escribas para Ezequiel e para Daniel e Ester. Há, também, várias correções posteriores. O texto contém nomina sacra, bem como sinais de texto crítico para indicar as leituras de acordo com a recensão de Theodotion.

O livro de Daniel já continha uma divisão de capítulos em letras gregas. Esses números, inseridos como subscriptio, não foram acrescentados posteriormente, mas já estavam presentes no texto original.

O colofão no final do livro de Daniel deseja: “Paz para quem escreveu e para quem lê”.