Corbã

O corbã, em hebraico קָרְבָּן, nas línguas semíticas indica ofertas para sacrifício a Deus com o propósito de prestar homenagem, ganhar favores ou obter perdão.

No período do Segundo Templo, corbã passou significar um voto ou uma oferta não redimível. No sistema sacrificial levítico, algumas ofertas poderiam serem redimidas em troca de outra oferenda. O Novo Testamento emprega o sentido de voto (Mc 7:11) e tesouro do templo.

Josefo usa outras palavras para oferta, mas usa corbã para o voto dos nazireus (Antiguidades dos Judeus 4:73; 4,4,4) e cita Teofrasto acerca de um voto entre os tírios (Contra Apião 1.167 ; 1,22,4).

Papiro 137

Fragmento também identificado como Papyrus 137, {\mathfrak {P}}137, P.Oxy. LXXXIII 5345, do evangelho de Marcos, possivelmente o mais antigo até então encontrado. É datado do final do século II ou início do século III.

Trata-se de um fragmento encontrado em 1903 em Oxyrhynchus, mas somente publicado em 2018. Contém trechos de Mc 1:7-9; 1:16-18 em ambos lados da folha (frente e verso), indicando ser originalmente parte de um códice.

Foi foco de uma controvérsia nos anos 2010 quando se especulou-se que seria datado do século I e que supostamente seria vendido para o Museu da Bíblia de Washington.

Evangelho de Mateus

Evangelho no qual os ensinos e obra de Cristo cumprem a esperança messiânica. Convida uma audiência familiarizada com o Antigo Testamento que se torne discípulos de Jesus, tornando-se partícipe do reino dos céus e formando discípulos entre todas as nações.

O primeiro dos evangelhos no cânone do Novo Testamento, ou seja, o relato da vida, ensinos e obra de vitória sobre a morte de Jesus Cristo. Foi um dos mais copiados textos do Novo Testamento entre os cristãos dos primeiros séculos.

Um dos três evangelhos sinóticos (com passagens paralelas, os outros são Lucas e Marcos), este evangelho anônimo recebeu o título de Evangelho de Mateus no século II.

ESBOÇO

  1. Genealogia (1:1-17)
  2. Nascimento em meio à perseguição (1:18-2:23).
  3. Batismo e tentação (3:1-4:12)
  4. Jesus inicia seu ministério na Galileia (4:12-25).
  5. Sermão da Montanha (5-7).
    1. As beatitudes (5:1-12)
    2. Oração do Pai Nosso (6:1-8).
  6. Vários atos maravilhosos (8:1-9:34).
  7. Jesus é rejeitado (11-16:12),
  8. Ensino por parábolas (13:1-52).
  9. Os discípulos confessam Jesus como Filho de Deus (16:13-20).
  10. Prediz sua morte, Jesus vai a Jerusalém e ensina no Templo (16:21-25:46).
  11. Jesus é preso, julgado e crucificado (26-27).
  12. Ressuscita, instruindo a Grande Comissão (28).

Abba

Abba ou Aba, em grafia hebraica אַבָּא, é forma para “pai” em aramaico.

Aparece nas porções aramaicas de Dn 5:2, 11, 13, 18. No NT aparece na expressão bilígue aramaica e grega “Aba, Pai” quando Jesus no Getsêmani se dirige a Deus-Pai (Mc 14:36) e em Rm 8:15 e em Gl 4:6.

É errônea a interpretação de que seria uma forma carinhosa e familiar (como “papai”). (Barr, 1988; Chilton, 1993).

BIBLIOGRAFIA

Barr, James. “Abba Isn’t Daddy.” Journal of Theological Studies 39 (1988): 28–47.

Chilton, Bruce. “God as ‘Father’ in the Targumim, in Non-Canonical Literatures of Early Judaism and Primitive Christianity, and in Matthew.” Pages 151–69 in Pseudepigrapha and Early Biblical Interpretation. Journal for the Study of the Pseudepigrapha Supplement Series 14. Studies in Scripture in Early Judaism and Christianity 2. Edited by James Charlesworth and Craig Evans. Sheffield: Sheffield Academic Press, 1993.