O Apocalipse de Abraão é um livro apócrifo que descreve a visão de Abraão do reino celestial e sua conversa com Deus sobre a natureza da criação, a humanidade e a vinda do Messias. O texto inclui descrições vívidas de seres angélicos e seus papéis no cosmos, e reflete sobre os temas de fé, sofrimento e redenção.
Tag: Abraão
Testamento de Abraão
O Testamento de Abraão é um livro apócrifo que conta a história da morte de Abraão e sua jornada após a morte. Inclui uma conversa com o anjo Miguel sobre a natureza do universo e os papéis dos anjos e humanos nele. O texto enfatiza a importância da fé, obediência e humildade na vida e na morte.
Iscá
Iscá, em hebraico יִסְכָּה e em grego: Ἰεσχά, é uma filha de Harã, irmão de Abraão. É mencionada uma única vez em Gn 11:29
E tomaram Abrão e Naor mulheres para si; o nome da mulher de Abrão era Sarai, e o nome da mulher de Naor era Milca, filha de Harã, pai de Milca e pai de Iscá.
A tradição rabínica especulou se Iscá seria outro nome para Sara, posição dada no Targum Pseudo-Jonathan.
Essa menção seria a possível fonte do nome “Jéssica”. A personagem na peça de William Shakespeare filha de Shylock em O Mercador de Veneza possui semelhança com as rendições das bíblias de Tyndale (Iisca), Wycliffe (Jescha), Mattheq (Iesca).
Vale de Sidim
O vale de Sidim,עֵ֖מֶק שִׂדִּים ‘emeq haś-Śiddim, identificado com o “Mar Salgado” em Gênesis 14:3, chamado de “mar da Arabá” em Deuteronômio 3:17, ou m “Mar Morto”. A localização atual é incerta.
É uma localidade mencionada em Gênesis: “E o vale de Sidim estava cheio de poços de betume” (Gênesis 14:3, 8, 10) como cenário da batalha do vale de Sidim, quando Quedorlaomer derrotou os reis de Sodoma e das cidades da planície.
Seio de Abraão
A locução estar junto ao “seio de Abraão” é uma metáfora para (a) o eufemismo de “estar com os pais” ou a morte (Gn 15:15; 47:30; Dt 31:16); ou (b) estado intermediário ou final dos justos mortos (Lc 16:22).
No período do Segundo Templo e no Talmud há várias referências ao “Seio de Abraão”. A frase “seio de Abraão, Isaque e Jacó” foi encontrada em papiros de sepultamento (cf. papiro Preisigke Sb 2034: 11) no Egito. Outras menções ocorrem em 4 Macabeus 13:17; Apocalipse de Sofonias 9:2; Mishnah Kiddushin 72b; Midrash Gênesis Rabba 67.
Abimeleque
O nome Abimeleque אֲבִימֶ֖לֶכְ, formado pelos morfemas abi (meu pai) e melech (rei), aparece nas cartas de Amarna para referir-se a um governante de Tiro. Parece ter sido um título de governante de diversos estados do Levante. Vários personagens bíblicos possuem o nome:
1. O rei de Gerar (Gn 20:2) que tomou Sara como esposa, mas depois avisado em sonho, fez um pacto com Abraão em Berseba.
2. O rei de Gerar (Gn 26) que também tomou Rebeca para seu harém, mas ao saber que era casada com Isaque, Abimeleque e isaque ficaram amigos.
3. O filho de Gideão (Jz 8:31) que assassinou os seus setenta irmãos, exceto Jotão, e se proclamou rei de Siquém. No entanto, pouco tempo depois a cidade se revoltou, mas foi destruída. Morreu quando atacou Tebes e uma mulher arremessou uma pedra de moinho à cabeça de Abimeleque (Jz 9:53, 54; 2 Sm 11:21), mas ele ordenou ao seu escudeiro que o matasse.
4. Variante de Elimeleque, o Marido de Noemi e pai de Malom e Quilion, que deixa Belém e morre na terra de Moabe (Rt 1:2-3).
5. No Salmo 34 menciona o rei de Gate, diante do qual Davi fingiu loucura. Em 1 Sm 21:10-15 seu nome é Aquis.
6. Filho de Abiatar, sacerdote no tempo de Davi (1 Cr 18:16). Em 2 Sm 8:17 é chamado Aimeleque e aparece em 1 Sm 22:20 não como filho, mas pai de Abiatar. (cf. Mc 2:26).
Siquém
Siquém, em hebraico שְׁכֶם, shekhem, “ombro”, é uma cidade mencionada várias vezes e cenário de muitos eventos na Bíblia. Localiza-se no moderno sítio arqueológico de Tel Balata, próximo a Nablus na Palestina.
Estava localizada na região central de Canaã (e depois no termo de Efraim), na passagem entre o Monte Ebal e Monte Gerizim. Controlava uma importante rota comercial e tinha um vale fértil a leste.
A ocupação pré-histórica como cidade é datada do calcolítico (4o milênio). Da idade do Bronze restam vestígios de um templo-fortaleza dedicado a Baal-Berit (o Senhor da Aliança) (Jz 8:33; 9:4,46). Artefatos com inscrições proto-cananeias e algumas tabuletas em escrita acadiana atestam a conexão da cidade com outras nações do Antigo Oriente Médio. Seu nome aparece na estela da Sebek-khu (c.1880-1840 a.C.) e nas Cartas de Amarna (XIII a.C.). A Carta de Siquém (século XIV a.C.) com a cobrança dos honorários de um professor é a mais antiga atestação de escolas e atividades escribais no território de Canaã.
Siquém foi a primeira cidade visitada por Abraão em sua migração de Harã (Gn 12:6). Sob a grande árvore (terebinto) de Moré em Siquém Deus apareceu a Abraão. Nesse terebinto Abraão edificou um altar e ofereceu sacrifícios.
A passagem de Abraão por Siquém constitui uma dificuldade bíblica. No discurso de Estevão em Atos 7:2-53, Abraão, ao invés de Jacó, comprou o terreno em Siquém dos filhos de Hamor (cf. At 7:16 com Gn 33:18-19; 23:3-20).
Siquém figura com mais destaque nas tradições associadas a Jacó. Em seu retorno de Padam-Aram comprou um lote de terra em Canaã próximo a Siquém, onde ergueu um altar a El Elohe Israel.
Enquanto a família de Jacó vivia estacionada perto da cidade, ocorreu o estupro de Diná (Gn 34) pelo príncipe de mesmo nome da cidade, Siquém filho de Hamor. Quando Siquém propôs casamento com Diná, os filhos de Jacó Simeão e Levi enganaram os homens da cidade. Os irmãos persuadiram-nos a serem circuncidados (brit-milah) como requisito para o casamento. Simeão e Levi massacraram os homens enquanto convalesciam da circuncisão. Temendo retaliação, Jacó fugiu para Betel, enterrando os deuses levados por seu clã sob o terebinto.
Na saída do Egito, os israelitas trouxeram o corpo mumificado de José e o enterraram em uma tumba perto da cidade (Js 24:32).
Em Siquém, Josué renovou a aliança (berit) do Sinai com os líderes tribais de Israel, talvez venha aí a designação do santuário do Deus da Aliança (El-Berit) ou Senhor da Aliança (Baal-Berit) (Js 24). No loteamento da terra, foi reservada como uma cidade de refúgio levítica coatita (Js 21:20-21). O santuário de Siquém pode ter sido o primeiro local centralizado de culto dos israelitas (Noth, 1996).
Bo período dos juízes, Abimeleque, filho de Gideão, vivia com uma concubina em Siquém. Com apoio dos siquemitas, conseguiu ser aclamado rei (Jz 9:1-6) e matou seus potenciais concorrentes: seus irmãos, exceto a Jotão que escapou. A ascenção de Abimeleque, custeada pelo templo Baal-Berit durou somente três anos, pois o povo de Siquém decidiu substituí-lo por Gaal, filho de Edede. Abimeleque atacou a cidade e seu templo-fortaleza de Baal Berit, onde boa parte da população se refugiou. Abimeleque pôs fogo no templo.
Contrário ao senso comum, a cidade principal dos samaritanos nunca foi Samaria, mas Siquém, dada sua proximidade com o Monte Gerezim. No século II a.C. o historiador e poeta samaritano Teodoto escreveu um épico sobre Siquém, dos quais quarenta e sete hexâmetros são preservados por Eusébio.
Roboão teria sido coroado rei em Siquém (1Re 12:1), mas logo a cidade serviu como capital de Jeroboão (1Re 12:25), antes da transferência da capital do Reino do Norte para Samaria.
Os salmos 60:6-8 e 108:7-9 mencionam Siquém e outras localidades potentes na vizinhança.
Em seus relatos da perseguição aos israelitas por Antíoco Seleuco (c.170-164 a.C), Josefo cita uma suposta carta ao rei pedindo não serem perseguidos (Ant Jud 12:257–264). Nessa carta alegam que seriam “sidônios em Siquém”, não israelitas, embora observassem o sábado. Requisitavam que o templo no Monte Gerizim fosse dedicado a Zeus Hellenios. Josefo identifica esses sidônios com os samaritanos. A carta, suas premissas e suas implicações são disputadas pela historiografia. Os “sidônios em Siquém” poderiam ser invenção de Josefo, subtefúgio de uma comunidade perseguida ou mesmo uma colônia distinta de fenícios, como havia em Marisa e Jamnia do Mar da Galileia.
Já na época de Jesus Siquém não existia mais, pois fora destruída por João Hicarno no início do século II a.C. No entanto, Sicar (Jo 4:5-15), onde havia um poço cavado por Jacó, aparenta ser uma aldeia próxima às ruínas da antiga Siquém.
Na primeira Guerra Judaico-Romana a aldeia próxima Siquém foi destruída pelos romanos (67 d.C.), sendo refundada com o nome de Flavia Neapolis (72 d.C.). Do nome Neápolis deriva a atual designação Nablus.
BIBLIOGRAFIA
Gottwald, Norman K. The Tribes of Yahweh: A Sociology of the Religion of Liberated Israel 1250-1050 BCE. London: SCM Press, 1979.
Hansen, David G. “Shechem: Its Archaeological and Contextual Significance.” Bible and Spade 18 (2005): 33–43.
Lewis, Theodore J. “The Identity and Function of El/Baal Berith.” Journal of Biblical Literature 115 (1996): 401–23
Noth, Martin. The History of Israel. London: Xpress Reprints, 1996.
Wright, G. Ernest. Shechem: The Biography of a Biblical City. New York: McGraw-Hill, 1964.
Sara
Sara, em hebraico שָׂרָ֖ה, grego Σαρρα, a primeira das quatro matriarcas hebraicas, esposa de Abraão. Sua história aparece primariamente no Ciclo de Abraão (Gn 11:26-25:12) em Gênesis.
O nome Sarai, e sua variante Sara, significa “princesa” ou “dama”. Possivelmente é cognato do acadiano Sharratu, o nome da esposa do deus da lua Sin.
De origem provavelmente mesopotâmica, acompanhou o marido em suas peregrinações para Canaã e Egito. (Gn 11:29-31; 12:5). Chamada de irmã de Abraão (Gn 12:10-20; 20:1-18) em incidências quando ela foi tomada por governantes contra sua vontade.
Por um longo período, Sara não teve filhos (Gn 11:29-30). Depois que sua serva Agar deu à luz Ismael (Gn 16:1-6; 21:9-14), Deus disse a Abraão, cujo nome até então era Abrão, para mudar o nome de “Sarai” para “Sara” (Gn 17:15). E anunciou que ela viria a ser mãe de um filho.
No nascimento de seu filho, Isaque (que significa risos ou gargalhadas) teria dito “Deus me fez rir, para que todos os que ouvem riam de mim” (Gn 21:1-7).
A morte de Sara é registrada com brevidade. Teria morrido em Quiriate-arba ou Hebrom à idade de 127 anos. Foi enterrada por Abraão na caverna de Macpela (Gn 23; 25:10; 24:67).
Nenhuma outra referência a Sara aparece nas Escrituras Hebraicas, exceto em Is 51:2. Lá, o profeta apela “Olhai para Abraão, vosso pai, e para Sara, que vos deu à luz; porque, sendo ele só, eu o chamei, e o abençoei, e o multipliquei”.
No Novo Testamento Sara aparece no elenco dos heróis da fé de Hebreus 11: “Pela fé, também a mesma Sara recebeu a virtude de conceber e deu à luz já fora da idade; porquanto teve por fiel aquele que lho tinha prometido” (Hb 11:11). Paulo faz menções a ela (Rm 4:19; 9:9; Gl 4:21), utilizando-a como um tipo, principalmente em contraste com Agar.
Sara aparece citada em 1 Pe 3:6 como exemplo de obediência. Entretanto, não há parte em Gênesis em que Sara chama-o de Senhor, exceto Gn 18:12, onde não se refere a obediência. Ademais, Abraão é retratado obedecendo as vontades de Sara (Gn 16:2, 6; 21:12). Josefo (Contra Apião 2.25) e Filo (Hypothetica 7.3) retratam Sara como exemplo obediência, revelando ser esse o entendimento do século I d.C.
BIBLIOGRAFIA
AGUILAR, Grace. “Sarah“ The Women of Israel. Vol. 1. 1845
AMOS, Clare. “Genesis.” Global Bible Commentary. Edited by Daniel Patte. Nashville, Tenn.: Abingdon, 2004. Pp 1–16.
ANGEL, Hayyim. “Sarah’s Treatment of Hagar : Morals, Messages, and Mesopotamia.” The Jewish Bible Quarterly 41, no. 4 (2013): 211.
BARBOSA, Tereza Virgínia Ribeiro. “Sara e Hagar: amor e sacrifício no caminho da família de Abraão.” Estudos Bíblicos 33.129 (2016): 45-57. https://revista.abib.org.br/EB/article/view/139
BAXTER, Elizabeth. “Sarah – Hebrews 11:2”. The Women in the Word. 1897. https://www.blueletterbible.org/Comm/baxter_mary/WitW/WitW03_Sarah1.cfm e https://www.blueletterbible.org/Comm/baxter_mary/WitW/WitW04_Sarah2.cfm
BREWER-BOYDSTON, Ginny. “Sarah the Gevirah: A Comparison of Sarah and the Queen Mothers, of Matriarchs in the Dynastic Succession of Sons and Nations.” Review and Expositor (Berne) 115, no. 4 (2018): 500-12.
CLAASSENS, Juliana. “Just Emotions: Reading the Sarah and Hagar Narrative (Genesis 16, 21) through the Lens of Human Dignity.” Verbum Et Ecclesia 34, no. 2 (2013): 1-6. https://verbumetecclesia.org.za/index.php/VE/article/view/787
DIAS, Elizangela Chaves. Sarai como esposa e irmã de Abrão: um estudo
exegético de Gn 12,10-13,1a. (Dissertação de Mestrado). Pontifícia
Universidade Católica, Teologia, São Paulo, 2011.
DIAS, Elizangela Chaves. “Útero estéril e sepultura: a participação de Sara nas promessas feitas a Abraão.” Revista de Cultura Teológica 90 (2017): 69-81.
DIAS, Elizangela Chaves. “A vida de Sara e o cumprimento da Promessa-Aliança.” Atualidade Teologica 24.66 (2017).
FRANKEL, Ellen. The Five Books of Miriam: A Woman’s Commentary on the Torah. San Francisco: HarperSanFrancisco, 1996.
GARIN, Norberto. “Sara, uma mulher idosa: a manifestação da força de Javé.” Estudos Bíblicos 22.82 (2004): 42-48.
GOSSAI, Hemchand. Barrenness and Blessing. Havertown: Lutterworth Press, 2010.
HAVRELOCK, Rachel. “The Myth of Birthing the Hero: Heroic Barrenness in the Hebrew Bible.” Biblical Interpretation 16, no. 2 (2008): 154-78.
HEPNER, Gershon. “Abraham’s incestuous marriage with Sarah: a violation of the Holiness Code.” Vetus Testamentum 53, no. 2 (2003): 143-55.
KILEY, Mark. “Like Sara: The Tale of Terror behind 1 Peter 3:6.” Journal of Biblical Literature 106, no. 4 (Dec 1987):689–92.
LISBÔA, Célia Maria Patriarca; COSTA, Rute Ramos da Silva. “Não oprimirás o estrangeiro negro Aportes sobre migração no Ciclo de Abraão e Sara.” Bíblia e Migração: 73. https://www.csem.org.br/wp-content/uploads/2022/01/E-book_BIBLIA_e_MIGRACAO_2022_FINAL.pdf#page=74
MCDONALD, Joseph Loren. Searching for Sarah in the second temple era: Portraits in the Hebrew Bible and Second Temple narratives. Texas Christian University, 2015.
OKOYE, James C. “Sarah and Hagar: Genesis 16 and 21.” Journal for the Study of the Old Testament 32, no. 2 (2007): 163-75.
REINHARTZ, Adele; WALFISH, Miriam-Simma. “Conflict and Coexistence in Jewish Interpretation.” Hagar, Sarah, and Their Children: Jewish, Christian, and Muslim Perspectives. Louisville, KY.: Westminster John Knox, 2006, pp. 101–126.
REIS, Pamela Tamarkin. “Take My Wife, Please.” Judaism 41, no. 4 (1992): 306-15.
ROSEN, Norma. Biblical Women Unbound: Counter-Tales. Philadelphia: Jewish Publication Society, 1996.
SABBATH, Roberta. “Jouissance and Trauma in Sarah’s Laugh and Aporia: The Construction of Collective Identity in the Parshat VaYera.” Journal of Ecumenical Studies 55, no. 3 (2020): 346-59.
SLY, Dorothy I. “1 Peter 3:6b: In light of Philo and Josephus.” Journal of Biblical Literature 110, no. 1 (Spring 1991): 126–29.
TUSHIMA, Cephas T.A. “Exchange of Wife for Social and Food Security: A Famine Refugee’s Strategy for Survival (Gn 12:10–13:2).” Hervormde Teologiese Studies 74, no. 1 (2018): 1-9.
TRIBLE, Phyllis. Texts of Terror: Literary-Feminist Readings of Biblical Narratives. Philadelphia: Fortress, 1984.
YANOW, Dvora. “Sarah’s Silence: A Newly Discovered Commentary on Genesis 22 by Rashi’s Sister.” Judaism 43, no. 4 (1994): 398.
ZUCKER, David J. “What Sarah Saw.” The Jewish Bible Quarterly 36, no. 1 (2008): 54-62.
VER TAMBÉM
Abraão
Abraão ( אַבְרָהָם; hebraico “pai de uma multidão”)
Patriarca hebreu e ancestral de vários povos semíticos. Chamado de amigo de Deus (2 Crônicas 20: 7), sua vida é retratada em em Gênesis 12-25 e visto como modelo de fé em sua aliança com Deus.