Pelatias

O nome Pelatias significa entregue por Yahweh.

  1. Pelatias, filho de Hananias, filho de Zorobabel. (1 Cr 3:21)
  2. Pelatias, um dos chefes dos saqueadores simeonitas que, no reinado de Ezequias, fez uma expedição ao Monte Seir e atacou os amalequitas. (1 Cr 4:42)
  3. Pelatias, um dos chefes do povo e provavelmente o nome de uma família que selou a aliança com Neemias. (Neemias 10:22)
  4. Pelatias, filho de Benaias, um príncipe dos judeus contra quem Ezequiel profetizou e ele morreu imediatamente (Ezequiel 11:5-12).

Livro das Curas

Suposto livro escondido pelo rei Ezequias, conforme tradição registrada no Talmude (Talmud Babilônico Berakot 10b; Pesahim 56a).

Nos dias dias de Ezequias havia uma lista de fontes de águas terapêuticas. Esta lista, transmitida desde Noé, indicava cada uma para cada enfermidade. Como o povo não estava buscando a Deus em suas doenças, o rei escondeu a lista.

Túnel de Siloam

O túnel e inscrição de Siloam ou Siloé foram feitos no final do século VIII ou início do VII a.C.

Trata-se de uma inscrição em um túnel de água construído sob Jerusalém, durante o reinado de Ezequias, para suprir a cidade.

A inscrição paleo-hebraica comemora a ocasião em que escavadores que trabalhavam em duas direções finalmente se encontraram no subsolo (cf. 2 Re 20:20).

Túnel de Siloam ou Siloé

O Túnel de Siloam ou Siloé é um aqueduto escavado na rocha sólida abaixo de Jerusalém por volta de 701 a.C. durante o reinado de Ezequias (c.715-687 a.C).
O aqueduto foi cavado às pressas para abastecer com água Jerusalém durante um cerco dos assírios liderados por Senaqueribe.

O túnel conectava a fonte de Giom até a piscina de Siloé.
Os construtores teriam aproveitado uma caverna local (o sistema do fosso de Warren). A conquista de Jerusalém por Davi teria sido por uma caverna (2 Sm 5:8: 1 Cr 11:6), algo que indica a vulnerabilidade dessas passagens subterrâneas. Além disso, o suprimento de água era vital para contrapor à tática assíria de cercar as cidades até a fome e a sede enfraquecerem ou derrotarem os inimigos.

Assim, muito povo se ajuntou e tapou todas as fontes, como também o ribeiro que se estendia pelo meio da terra. E disseram: Por que viriam os reis da Assíria e achariam tantas águas?

Também o mesmo Ezequias tapou o manancial superior das águas de Giom e as fez correr por baixo para o ocidente da Cidade de Davi, porque Ezequias prosperou em toda a sua obra.
2 Crô 32:4,30.

Ora, o mais dos atos de Ezequias, e todo o seu poder, e como fez a piscina e o aqueduto, e como fez vir a água à cidade, porventura, não estão escritos no livro das Crônicas dos Reis de Judá?
2 Reis 20:20

Cf. Is 22:11.

Ninguém sabe porque foi feito em “s” e não em linha reta. Considerando a falta de experiência com esse tipo de excavação (outro raro exemplo é o túnel de Megido) e a urgência das circunstâncias, esse túnel é uma proeza da engenharia dos israelitas da época.

A inscrição de Siloé ou de Siloam

Comemora o encontro dos escavadores que trabalhavam em duas direções no subsolo. Acidentalmente descoberta em 1880 na entrada do túnel. Seis linhas em escrita paleohebraica, mas falta a primeira metade. A linguagem é em hebraico clássico, mas de ortografia inconsistente. A inscrição foi removida e está hoje em Istanbul

[… quando] (o túnel) foi atravessado. E esta foi a maneira como foi cortada:
-Enquanto ainda […] machado(s), cada homem em direção ao seu companheiro, e enquanto ainda havia três côvados para serem cortados, [foi ouvido] a voz de um homem chamando por seu companheiro, pois havia uma sobreposição na rocha à direita [e à esquerda].
E quando o túnel foi atravessado, os pedreiros lavraram (a rocha), cada homem em direção ao seu companheiro, machado contra machado; a água fluía da nascente em direção ao reservatório por 1.200 côvados, e a altura da rocha acima da(s) cabeça(s) dos pedreiros era de 100 côvados.

BIBLIOGRAFIA

Sneh, Amihai, Ram Weinberger, and Eyal Shalev. “The why, how, and when of the Siloam Tunnel reevaluated.” Bulletin of the American Schools of Oriental Research 359.1 (2010): 57-65.

Senaqueribe

Senaqueribe, em hebraico סַנְחֵרִיב, reinou de 705 a681 aC. como segundo rei da dinastia dos sargônidas da Assíria, fundada por seu pai Sargão II.

Realizou incursões campanhas contra as cidades fenícias, Laquis e cercou Jerusalém. Depois de saquear a Babilônia, ele foi assassinado por seus filhos.

Em 701 a.C., Senaqueribe marchou para conter as revoltas no sul do Levante. Enquanto isso, os revoltosos capturaram o rei de Ecrom, apontado pela Assíria. Esse rei foi levado para Jerusalém acorrentado e entregue a Ezequias, que o aprisionou.

Senaqueribe estava no cerco da cidade de Laquis, por isso enviou seus emissários a Jerusalém para exigir a libertação do rei preso e a rendição da cidade.

Enquanto os oficiais assírios lidavam com o problema em Jerusalém, Senaqueribe capturou Laquis e massacrou sua população. Os sobreviventes foram deportados para regiões da Assíria.

Durante o cerco, Ezequias libertou o Rei de Ecrom e enviou pagamentos em ouro e prata para Senaqueribe em Laquis.

O exército assírio retirou-se de Jerusalém para lutar contra os egípcios em Eltekeh. Depois de derrotarem as forças egípcias sufocaram as rebeliões em Ecrom, Tiro e Sidom.

O relato datado de cerca de 690 a.C. conta que Senaqueribe destruiu 46 das cidades de Judá e cercou Ezequias em Jerusalém “como um pássaro enjaulado”, conforme o Prisma de Senaqueribe.

O Antigo Testamento menciona Senaqueribe em 2 Rs 18:13–19:37 e seu paralelo em 2 Cr 32:1–23. Relato similar aparece em Is 36–37, mas omite o tributo de Ezequias a Senaqueribe.

Segundo o relato bíblico Ezequias se preparou para o ataque de Senaqueribe reconstruindo as defesas de Jerusalém e desviando a água para a cidade (2 Cr 32: 2–8). O túnel de Siloam atesta esses esforços. Senaqueribe então enviou uma segunda delegação para anunciar a destruição de Jerusalém (2 Re 19: 9–13; 2 Cr 32: 9–19). Ezequias novamente recebeu uma profecia de Isaías prometendo que o Senhor os libertaria (2 Re 19:14–34; 2 Cr 32: 20–21). Então, Senaqueribe voltou a Nínive depois que um anjo do Senhor matou 185.000 do exército assírio (2 Re 19: 35–36; 2 Cr 32: 21a). Foi assassinado por seus filhos e sucedido por Esar-Hadom (2 Re 19:37; 2 Cr 32: 21b).

Ezequias

O filho de Acaz e rei de Judá (727-698 aC).

O rei Ezequias governou o reino do sul de Judá no final do século VIII aC. Seu reinado é representado favoravelmente nos livros de 2 Reis, Isaías e 2 Crônicas. Ezequias foi um rei justo equiparável a Davi (2Rs 18:3; 2Cr 29:2).

Durante seu reinado houve a rebelião de Ezequias contra a Assíria durante o reinado de Senaqueribe em 705 a.C. e a construção do túnel de fornecendo água para Jerusalém.