O Livro de Enoque é uma coleção apócrifa e pseudopigráfica de textos judaicos do período do Segundo Templo atribuídos a Enoque, o bisavô de Noé (Gênesis 5:18) do gênero apocalíptico.
Geralmente quando se diz “Livro de Enoque” refere-se a 1 Enoque, cujos manuscritos originalmente sobrevivem apenas na língua ge’ez até a descoberta de cópias entre os manuscritos do mar morto. Outros livros ou recensões com o mesmo nome são 2 Enoque em eslavo antigo e 3 Enoque em hebraico. Mais tarde foram descobertas cópias em outros idiomas.
Exceto entre grupos apocalípticos no período do Segundo Templo (por vezes chamado de judaísmo enoquiano) e em áreas remotas da Antiguidade Tardia e na Idade Média (Etiópia e Bálcãs), o livro de Enoque não foi tido como canônico. Apesar disso, é citado no Novo Testamento. 1 Enoque é ainda parte do cânon amplo das igrejas ortodoxas etíope e eritreia.
Enoque é uma antologia de vários textos. A secção chamada de Livro Astronômico de Enoque talvez tenha sido composto na região de Samaria cerca 250 a.C. O Livro dos Vigilantes pode remontar da Judeia da década de 240 a.C.2 Enoque talvez seja de 30 ac-70 aC.
Esses textos descrevem como anjos caídos (grigori ou vigilantes) acasalam com humanos de onde saem os gigantes ou nefilim (cf. Gênesis 6:1-2). Há também uma visita de Enoque ao céu na forma de uma visão e suas revelações. Ele também contém descrições do movimento dos corpos celestes.