Azazel

Azazel, em hebraico עֲזָאזֵל, em Lv 16:8, 10, 26 Azazel é um lugar desolado aonde um bode expiatório carregando os pecados era enviado. Durante o final do período do Segundo Templo, o termo aparece associado como um anjo caído responsável por disseminar conhecimento proibido à humanidade.

BIBLIOGRAFIA

Neto, Willibaldo Ruppenthal. “As interpretações de Azazel em Levítico 16.” Revista Ensaios Teológicos 2.1 (2016).

Papiros de Akhmim

Akhmim, Panópolis em grego, é uma cidade do Alto Egito onde houve vários monastérios. Foi local de descoberta de vários manuscritos em tumbas de monges.

A região teve residentes célebres, como Shenouda, o Arquimandrita (348-466) e Nestório, o ex-patriarca de Constantinopla. Outro notório residente, Nonnus, um poeta grecorromano, nasceu na cidade. Ele teria composto uma Dyonysica (c.470) e depois convertido ao cristianismo e composto uma versão poética do evangelho de João.

As escavações em Akhmim em 1886 por uma missão arqueológica francesa liderada Sylvain Grébant revelaram numerosos manuscritos cristãos. Entre os achados estão os fragmentos do Livro de Enoque, do Evangelho de Pedro, o Apocalipse Copta de Pedro, Martírio de São Julião, os Atos do Concílio de Éfeso, bem como numerosas outras inscrições cristãs. A maior parte data dos séculos VIII ou IX d.C.

P. Cair. 1075 é o códice, hoje de local incerto, de 33 folhas que continha o Livro de Enoque, do Evangelho de Pedro, o Apocalipse Copta de Pedro e o Martírio de São Julião.

Livro de Enoque

O Livro de Enoque é uma coleção apócrifa e pseudopigráfica de textos judaicos do período do Segundo Templo atribuídos a Enoque, o bisavô de Noé (Gênesis 5:18) do gênero apocalíptico.

Geralmente quando se diz “Livro de Enoque” refere-se a 1 Enoque, cujos manuscritos originalmente sobrevivem apenas na língua ge’ez até a descoberta de cópias entre os manuscritos do mar morto. Outros livros ou recensões com o mesmo nome são 2 Enoque em eslavo antigo e 3 Enoque em hebraico. Mais tarde foram descobertas cópias em outros idiomas.

Exceto entre grupos apocalípticos no período do Segundo Templo (por vezes chamado de judaísmo enoquiano) e em áreas remotas da Antiguidade Tardia e na Idade Média (Etiópia e Bálcãs), o livro de Enoque não foi tido como canônico. Apesar disso, é citado no Novo Testamento. 1 Enoque é ainda parte do cânon amplo das igrejas ortodoxas etíope e eritreia.

Enoque é uma antologia de vários textos. A secção chamada de Livro Astronômico de Enoque talvez tenha sido composto na região de Samaria cerca 250 a.C. O Livro dos Vigilantes pode remontar da Judeia da década de 240 a.C.2 Enoque talvez seja de 30 ac-70 aC.

Esses textos descrevem como anjos caídos (grigori ou vigilantes) acasalam com humanos de onde saem os gigantes ou nefilim (cf. Gênesis 6:1-2). Há também uma visita de Enoque ao céu na forma de uma visão e suas revelações. Ele também contém descrições do movimento dos corpos celestes.